Dica de Filme | Um Olhar do Paraíso

Dica de Filme | Um Olhar do Paraíso

Norristown, Pensilvania, subúrbio da Filadélfia. Susie Salmon (Saoirse Ronan) está voltando para casa quando é abordada por George Harvey (Stanley Tucci), um vizinho que mora sozinho. George a convence a entrar em um retiro, por ele construído. Lá dentro, Susie é assassinada. Os pais de Susie, Jack (Mark Wahlberg) e Abigail (Rachel Weisz), inicialmente se recusam a acreditar na morte da filha, mas precisam aceitar a situação quando seu gorro é encontrado em meio a um milharal, junto a destroços do retiro que estão repletos de sangue.

Em meio às investigações, a polícia conversa com George mas não o coloca entre os suspeitos. Com o tempo Jack e Lindsey (Rose McIver), a irmã de Susie, passam a desconfiar de George.

Toda esta situação é observada por Susie, que agora está em um local entre o paraíso e o inferno. Lá ela precisa lidar com o sentimento de vingança que nutre em relação a George e a vontade de ajudar sua família a superar o trauma de sua morte.

Dois nomes de (muito) peso do mercado cinematográfico se unem para adaptar para as telas um livro de sucesso: Steven Spielberg na produção e Peter Jackson na direção. Obviamente, com enorme expectativa.

Um Olhar do Paraíso é uma obra emotiva e perturbadora baseada no livro de Alice Sebold. Assim como no clássico Crepúsculo dos Deuses, Um Olhar do Paraíso também tem sua história contada por um narrador “morto”, ou seja, por uma personagem assassinada. Mas as semelhanças ficam por aí.

Spielberg e Jackson ainda tinham de driblar a sempre complicada questão da verossimilhança, ou seja, fazer o público realmente acreditar que é possível uma pessoa morrer e ficar, do outro lado, acompanhando o que acontece por aqui. E nada melhor para resolver questões desta ordem que um elenco competente. Sábia decisão.

Além dos já citados Tucci e Saoirse, o elenco é completo por outros, como Mark Wahlberg, Rachel Weisz e Susan Sarandon.

Ao final a sensação que fica é que terminamos de ver um filme pesado e leve ao mesmo tempo e que mostra o como devemos ficar alertas a dualidade das pessoas. Mas que na realidade paralela ou não retrata a beleza cruel de nosso mundo.