“Vidro”
Entre mocinhos e vilões e seus questionamentos no mundo real, M. Night Shyamalan encerra sua trilogia surpresa com “Vidro” (“Glass“). Conhecido por suas reviravoltas na trama (chamados plot twists), Shyamalan é um gênio por conseguir trazer para as telonas a conclusão de um universo que talvez nem tivesse pretensões de ser tão eficaz lá atrás com “Corpo Fechado” em 2000, talvez o melhor filme até o momento de sua carreira.
Na trama, temos de volta David Dunn (Bruce Willis) que intercala a sua vida cotidiana com ser um justiceiro pelas ruas. Ajudado pelo seu filho Joseph, que aqui é interpretado por Spencer Treat Clark que repete os eu papel em “Corpo Fechado“, Dunn busca pela Horda com as várias personalidades de Kevin (James McAvoy).
“Vidro“traz uma personagem nova: Ellie Staple, interpretado pela sempre competente Sarah Paulson de “American Horror Story“. Uma psicologa que busca ‘tratar’ as personalidades de Dunn, Kevin e Elijah Price (Samuel L. Jackson), colocando-os diante de reflexões que possam fazê-los contestar se de fato são mesmos os super-humanos que acham ser.
Todos os três presentes em tela proporcionam cenas incríveis com diálogos que te prendem, porém o grande destaque está para James McAvoy. Mais uma vez, assim como fez em “Fragmentado“, Macvoy é grandioso em cena ao dar vida a muito mais personalidades do que no filme anterior. É impressionante as mudanças de personalidades em um único take, além da incrível disposição física quando dá vida a Fera!
Em “Vidro“, M. Night Shyamalan é competente em amarrar todas as tramas e entregar um excepcional suspense, agradando e muito aos que assistiram “Corpo Fechado” e “Fragmentado“. Além de dar um desfecho satisfatório para todo esse universo criado inesperadamente quando fomos surpreendidos com o final de “Fragmentado“.