Velozes e Furiosos 9 | Crítica

Velozes e Furiosos 9 | Crítica

Chega aos cinemas hoje (24/06), o 9º filme da franquia Velozes e Furiosos, com a missão de superar os anteriores em características técnicas e de roteiro. Com quase 2h30 o longa promete surpreender aos fãs e causar questionamentos em relação ao quão longe eles estão chegando, e o que esperar para o último filme.

Já assistimos o longa, a convite da Universal, e contamos agora o que achamos. O filme traz cenas que fazem lembrar os três primeiros filmes, com rachas eletrizantes, agora com efeitos práticos, ao invés do excesso de CGI, e que cativou um público fiel, que permanece até hoje.

Como já entregue no trailer Han (Sung Kang ) está vivo, e com a volta do personagem eles amarram ainda mais a história do Desafio em Tóquio aos acontecimentos atuais, explicando de maneira convincente o retorno (que havia ficado vago a conexão nos filmes anteriores).

Mia (Jordana Brewster), também voltou, agora com mais atitude e ousadia em tela do que já havia mostrado, e é uma peça fundamental dentro da história, afinal o principal questionamento é como ela e Dom (Vin Diesel), o cara que mais carrega a mensagem de família, simplesmente nunca mencionou outro irmão em todos esses anos (e a explicação tem sentido dentro do roteiro). O filme traz flashbacks de sua adolescência, onde entendemos esse conflito familiar e também um pouco mais sobre o seu amor por carros e corridas.

Algo muito bacana é que apesar do extenso elenco, todos os personagens carregam seu destaque de modo bem semelhante, e é interessante o quanto todos possuem carisma e potencial em desenvolver futuros spin-offs (nem que sejam curtas explorando mais suas histórias, como já foi feito, só que com uma produção maior).

Sobre as participações “menores”, Helen Mirren se sobressai em pouco tempo de tela. Sua cena ficou tão maravilhosa que é fácil notar que uma atriz do “calibre” dela deve fazer essas aparições por pura diversão (e um bom cachê é claro), e aos fãs que esperavam um crossover, ela é a única da família Shaw que aparece.

Agora precisamos falar sobre ultrapassar os limites das leis da física (risos), em Hobbs & Shaw eles abriram margem para exceder ainda mais os exageros tecnológicos e cibernéticos, e algo que sempre foi à base da franquia foi o como eles abordam a gravidade de maneira bem peculiar, seja em excessos de força sobre-humana,  a capacidade de captura de pessoas no ar estando dentro de carros, manobras um tanto questionáveis e outros exemplos que em inúmeros momentos foram relevados. Entretanto, neste longa em questão chegaram ao seu maior patamar, que chega a ser cômico de tão absurdo, mas deixo para vocês julgarem, pois acredito que o limite foi ultrapassado bem antes dos acontecimentos desse nono filme. Como não quero estragar a experiência de ninguém posso apenas afirmar que uma teoria que é mencionada no trailer e, muito tempo antes da estreia do filme, se concretiza e honestamente não sei mais para onde a franquia pode ir após esses eventos.

Há quem “compre” a ideia dos absurdos de Velozes e Furiosos (e as bilheterias bilionárias comprovam isso), mas deixando toda a questão lógica de lado, o filme é uma superprodução muito bacana de se acompanhar. Afinal, eles entregam tudo aquilo que os fãs gostam, muita ação, comédia, boas lutas (Michelle Rodriguez entregando tudo, mais uma vez), e drama à sua maneira.

PS: Tem cena pós-crédito “importante” para um possível próximo filme.