“Nasce Uma Estrela”
“Nasce Uma Estrela” é um punhal de amor e dor, retratado em um filme incrivelmente fabuloso (crítica por Mauricio Moura). O quarto remake de uma história recriada a partir do longa de 1932, mas que não perdeu sua essência, retrata uma história bem contada e que se adequa completamente aos dias atuais.
Bradley Cooper é estreante na direção e logo de cara dá as cartas mostrando um talento ímpar no controle de seu elenco e de cada detalhe em cena. Cooper não só dirige, mas é também um dos protagonistas entrando na pele do talentoso Jackson Maine, que está com a carreira em declínio por seu vício no álcool.
A atuação é de alto nível, uma das melhores da sua carreira, em um personagem rodeado por seus demônios incontroláveis. Maine está a todo momento próximo ao precipício, a beira do abismo, em um caminho que parece sem volta, até conhecer a lindíssima e talentosa Ally, interpretada por Lady Gaga.
Não existe outro caminho para Gaga a não ser o da indicação de melhor atriz para o Oscar. O que ela faz em cena é algo que beira o brilhantismo e perfeição. Uma atuação irretocável que se constrói entre uma personagem metade comum e metade estrela. Seu estrelato da vida real é completamente desnudado em boa parte do filme e Gaga parece alguém como eu e você.
Cheio de sonhos, desejos e problemas. Uma cantora vulnerável e durona, que por inúmeros momentos de fato parece ser a salvadora da vida de Jackson Maine. Aliás, a importância da autopreservação em meio a carreiras indomáveis é uma das principais mensagens do filme e é o que controla e descontrola as vidas de Maine e Ally.
E o que falar da trilha sonora? Uma coisa linda!! Para te fazer chorar e sorrir ao mesmo tempo, uma beleza indescritível, com Cooper e Gaga em cenas que foram gravadas ao vivo, sem playback, e que se destacam pelas vozes lindíssimas dos dois atores.
“Nasce Uma Estrela” é um filme de Oscar. Um longa incrivelmente emocionante, romântico e doloroso. Capaz de dominar seus sorrisos e lágrimas no primeiro “acorde” das cenas.