“Minha Mãe é Uma Peça 3” | Crítica
Um dia após o Natal… sim, um presente para os fãs da ‘franquia’, estreia uma das comédias mais aguardadas do cinema nacional: “Minha Mãe é uma Peça 3”.
Trazendo todo aquele ambiente já bem popular de volta, dessa vez Dona Hermínia (Paulo Gustavo) tem que aprender a lidar com suas emoções em relação as mudanças ‘bruscas’ que sua família está passando, Marcelina (Mariana Xavier) longe de casa e grávida, Juliano (Rodrigo Pandolfo) prestes a casar com seu namorado da adolescência, e seu ex-marido Carlos Alberto (Herson Capri) cada vez mais presente em sua vida, após mudar-se para o apartamento da frente.
Bom, não é nenhuma novidade a popularidade que a personagem carrega, seu humor gritado, exageros e seu grande coração de mãe ganhou o público desde o primeiro longa.
A sete ano atrás, o humorista Paulo Gustavo inovou e iniciou uma homenagem incrível a sua mãe e criou uma história que refletia em muitas de experiencias já vividas pelo ator, e que conquistou o público pela simplicidade, além da identificação imediata a tantas das aventuras cotidianas de Dona Hermínia.
Nesse terceiro longa, com um salto temporal não especificado no roteiro, vemos ainda mais os sinais do amadurecimento da protagonista, de uma mãe preocupada com a formação dos filhos a solidão da velhice, das angustias, da sensação de ninho vazio e dos claros sinais que as coisas mudaram, mas a mesma ainda não se acostumou 100% com essa ideia.
Das típicas ações de vó, das reclamações exacerbadas, do fato de querer atenção e estar sempre tentando auxiliar do seu jeito, enfim são várias as referências há se captar durante o andamento do filme, que com aquele humor único te fará dar altas risadas.
Levemente diferente dos anteriores, que continham apenas um momento mais carregado no drama, nesse o alivio dramático acontece algumas vezes e como de praxe, é de cortar o coração e fazer refletir sobre o tratamento que damos às nossas mães.
Com alguns flashbacks pontuais e certeiros, é realmente bonito de se ver quando Paulo Gustavo deixa de lado a gritaria e a graça e substitui por momentos mais sérios e com mensagens motivacionais inclusas em determinadas cenas, são tão especiais que parecem verídicas de sua história de vida.
O filme é divertidíssimo, se assemelha demais ao primeiro e ao segundo com o seu teor cômico, e deixa com um ‘gostinho’ de ponto final a essa história (porém, sabemos que se for sucesso de bilheteria, nada é impossível de se acontecer).