Já vimos! “Tudo o que Tivemos”, com Hilary Swank, chega nesta semana aos cinemas

Já vimos! “Tudo o que Tivemos”, com Hilary Swank, chega nesta semana aos cinemas

Tudo o que tivemos” que chega aos cinemas no próximo dia 02 de maio e conta a história de uma família problemática. Bridget (Hilary Swank) foi embora de Chicago há anos para construir sua família, deixando tudo o que conhecia para começar a própria história. Ruth (Blythe Danner), sua mãe, sofre de Alzheimer e sua doença esta em constante declínio esta situação está ficando incontrolável e deve ser resolvida a todo custo, mas Nick (Michael Shannon) e Burt (Robert Forster), irmão e pai, têm opiniões bem diferentes a respeito de como tratar a situação. Pode se afirmar que toda família tem problemas, enquanto adolescente pode parecer perfeitamente natural se sentir injustiçado porque todas as falhas dos pais ficam muito perceptíveis.

Os atritos e conflitos surgem de uma forma que até então não haviam e as   brigas deixam de centrar-se em assuntos pequenos e passam a ser essencialmente diferenças críticas de personalidade e de visão de mundo.

(Imagem: Bleecker Street / Divulgação)

Tudo o que tivemos” trabalha as consequências tardias desse processo e como as convivências se alteram, para o bem e para o mal, conforme os anos se passam e cada um se sente mais senhor de si. A riqueza deste tema escolhido trabalha com eficácia, uma discussão bem colocada tendo um desenvolvimento narrativo no mesmo nível de complexidade que a natureza do assunto.

Os quatro personagens principais dessa história representam a estrutura básica do conflito de personalidades. Burt é o mais velho do grupo e, não surpreendentemente, o mais teimoso com as crenças mais rígidas. Nick e Bridget vêm na sequência, a próxima geração e a primeira a demonstrar algum tipo de descontentamento direcionado às decisões dos mais velhos, além de também demonstrarem diferenças entre si na forma como encaram a situação.

Um pouco mais adiante na linha do tempo, Emma (Taissa Farmiga), a filha de Bridget, representa o elo mais jovem dessa corrente. Resumindo “Tudo o que Tivemos” é uma história sobre a doença de uma pessoa abalando uma estrutura familiar já naturalmente instável.

(Imagem: Bleecker Street / Divulgação)

Longe de desinteressante, esses roteiro repleto de roupa suja pra lavar, brigas, ofensas e conflitos mau resolvidos foi produzido de uma forma tão perfeita que não faltam ricas atuações devido os textos e subtextos da trama.

As ideias de “Tudo o que Tivemos” estão organizadas em uma narrativa coesa e eficiente. Sua narrativa  soma para um macro-objetivo e cria multifacetas em total  sintonia.

Não falta progressão, sentimento nem  intensidade crescente. As ideias certas estão ali bem organizadas e dispostas de forma que o potencial da obra seja alcançado. Mais do que tudo, este filme é uma oportunidade que não pode ser perdida.