“Palavras de Bolso” | Entrevista com o autor Ruy Barrozo

“Palavras de Bolso” | Entrevista com o autor Ruy Barrozo

Estivemos presente no dia 25/04 na Livraria da Vila em São Paulo para o lançamento do Livro: “Palavras de Bolso” do autor Ruy Barrozo.

Palavras de Bolso” é o resultado de 37 anos de jornalismo diário, em que, desde a primeira coluna do autor, a importância de uma boa frase ficava evidente.

Este primeiro livro do jornalista Ruy Barrozo é um convite à leitura leve e diária, na qual todo leitor se identificará.

Conversamos com o autor e neste rápido bate-papo, vocês conferem mais detalhes sobre a obra. 

Este livro é o resultado do seu trabalho de mais de 30 anos como jornalista. Em que momento dessa trajetória surgiu a ideia de escrever este livro?

Eu sempre, desde a primeira coluna, meu primeiro trabalho escrito em jornal ou revista, eu sempre coloquei um pensamento, porque eu acho que é pra confortar a alma da gente. Tem aquele livrinho “Minuto de Sabedoria” que eu tinha na minha cabeceira e eu via aquilo como uma palavra de conforto, só que eu acho que precisava atualizar aquilo, porque era meio bíblico, meio profetizando, e eu acho que você precisa de um acolhimento da alma em diferentes momentos.

Essas frases do Palavras de bolso, são uma coletânea de frases que eu ouço na novela, que eu vejo num para-choque de caminhão, que eu acabo falando, que você fala comigo e eu capto aquilo.

São frases que eu tiro de um livro – porque eu tenho mania de ler com um marca texto – então eu vou vendo uma frase num filme, livro e eu já marco, e o livro é uma coletânea dessas frases. Todas elas tem a ver comigo. Tanto que algumas vezes meus leitores percebem e eu recebo comentários deles dizendo: “Esta semana você está meio melancólico, ou meio triste”, porque sem querer eu acabo mostrando meu estado de espírito nas frases que eu seleciono, então fica uma transparência e eu acabo externando isso.

 

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Conforme você foi escrevendo as frases, você já imaginava reuni-las todas em um único livro? Quanto tempo você demorou para escrevê-lo?

Eu sou muito crítico, sempre fui. E eu estou com um livro de contos pra sair no segundo semestre, que já tem nome e já está 60% estruturado. E pra este livro que não tem comprometimento nenhum eu levei uns 4, 5 anos pra botar ele pra rodar. A Cris, minha editora, que me fez largar o livro na Editora e me fez lançar o livro. É como se fosse um filho, que você fica com ele pra você, mas agora eu tô aprendendo a dividir meu filho.

 

Você cita frases de diversos autores neste livro. Alguns você cita as fontes e alguns são pensamentos soltos. Como você selecionou essas frases?

Esses pensamentos soltos sem fonte nunca são omissão do nome do autor. Pode ser que muitas das frases alguém saiba de quem são, se você jogar no Google, você pode descobrir a fonte. Mas eu não me detive em fazer nenhuma supressão de nome de autor. Eu não tinha a intenção de fazer uma biografia das frases, a intenção é que o mundo seja dono dessas frases, que você seja dono das frases que tocam o seu coração.

 

Há algum tipo de público específico que você acredita que o seu livro seja direcionado?

Eu recomendo que este seja um livro de cabeceira. O nome é justamento pra caber nas bolsas das mulheres, no bolso do paletó, na mesa de cabeceira, na escrivaninha de trabalho, que caiba no banheiro, enfim, que ele te acompanhe, porque este livro é pra ser consumido a qualquer hora. Não é um livro de romance que você lê, encosta ele na prateleira e lê depois ou dá pra alguém ler. Este é um livro diário, que você lê todo dia e mesmo que você caia na mesma frase, esta frase tem uma força diferente pra você nesse dia.

 

Pra finalizar, gostaria de pedir que você cite um trecho do seu livro, pra instigar os leitores do Portal a quererem ler o seu livro.

A última frase que eu gosto é a que eu publiquei ontem: “As pessoas não se dão porque elas não constroem pontes, elas constroem muros”. As pessoas estão cada vez mais distantes umas das outras, cada vez mais neste mundo louco. É uma frase de “O pequeno Príncipe”. Isto é um toque pra todos nós, pra que a gente possa construir cada vez mais pontes e não muros.

 

O livro foi lançado pela Editora paranaense Inverso que além deste livro, também promoveu uma noite de autógrafos com os escritores: Carlos Badia, autor do livro: “Sílabas Ciladas” e Luiz arthur Montes Ribeiro, autor de: “Jardins Imaginários da minha solidão.” Agradecemos ao autor pela entrevista e desejamos muito sucesso com a obra!