O Esquadrão Suicida | Crítica

O Esquadrão Suicida | Crítica

Após 5 anos desde o primeiro filme, estreia hoje (05/08) nos cinemas, “O Esquadrão Suicida”, dirigido pelo grande James Gunn (Guardiões da Galáxia). Já assistimos o filme a convite da Warner e contamos agora o que achamos.

Definitivamente um dos mais aguardados do ano, o longa carrega uma grande importância no universo da DC, primeiramente pelo fato de desconsiderar totalmente a existência do primeiro filme (relacionado o péssimo retorno que obteve pela crítica e a bilheteria abaixo do esperado), sendo assim uma “jogada” arriscada do estúdio, e pela contratação de um diretor muito bem sucedido da Marvel (que na época havia sido demitido, por conta de algumas polêmicas relacionadas a antigas publicações no twitter). Ou seja, grandes eram as expectativas, pois foi dada “carta branca” a Gunn, ele teve liberdade criativa, investimento, e uma história base do que não fazer, se levar em consideração o “fracasso” anterior.

Como já adiantado por nomes do elenco em entrevistas e Premieres, essa seria uma sequência muito grandiosa, e diferente de tudo o que já foi visto, de fato eles não mentiram, realmente trata-se de algo distinto de tudo e com certeza vai levar ao público uma abordagem um tanto diferente aos moldes de super heróis, uma visão menos “pastelão” e mais “trash”, podendo sim dividir opiniões.

Nessa nova jornada a uma grande expansão no elenco, trazendo os mais diferentes vilões da DC para a equipe, e é importante entender o quão proposital foi essa escolha, tanto em números quanto no nível de “Maluquice” e excentricidade entre suas características, premeditação essa, que é explicada em todo o desenvolvimento.

Ousado e bizarro talvez sejam as melhores definições do quanto o roteiro foi muito bem desenvolvido, sem nenhum receio em matar personagens, prepare-se para o desapego, Gunn não poupou sangue nas cenas de luta e nas mortes surpreendentes que ocorrem durante o filme 

Senti falta de uma trilha sonora mais marcante, algo que foi um dos poucos destaques positivos no filme antecessor, e bem característico do Gunn em suas produções, mas que não foi tão destacado dessa vez , talvez para salientar ainda mais o modo underground da sua perspectiva da história. Entretanto, temos uma breve cena onde ouvimos, em alto e bom som, uma música brasileira numa cena de ação dentro de uma casa noturna. Trata-se de um funk, na voz de Drika Barbosa, Glória Groove e Karol Conka (sim, a mamacita).

De modo insano e eletrizante, temos o filme mais autêntico do universo da DC, sem medo de conduzir uma narrativa bizarra, dessa vez o humor é comedido e se encaixa perfeitamente ao teor do que o enredo quer apresentar, mesmo com personagens desconhecidos, o carisma de cada um se sobressai criando uma dinâmica divertida e ao mesmo tempo inesperada alavancando ainda mais a qualidade do resultado final.

Espero que o grande público entenda a proposta do exagero, que tudo foi feito de maneira premeditada, que os absurdos foram construídos pra causar esse aspecto trash voluntário, desde a escolha dos “anti-heróis” ao vilão principal, e que assim como toda a produção fez, que desvincule e não esperem uma sequência do filme de 2016, trata-se de uma história nova com alguns personagens “reciclados”, e uma visão diferenciada.