“Minha Mãe é Uma Peça 3” | Crítica

“Minha Mãe é Uma Peça 3” | Crítica

Um dia após o Natal… sim, um presente para os fãs da ‘franquia’, estreia uma das comédias mais aguardadas do cinema nacional: “Minha Mãe é uma Peça 3”.

Trazendo todo aquele ambiente já bem popular de volta, dessa vez Dona Hermínia (Paulo Gustavo) tem que aprender a lidar com suas emoções em relação as mudanças ‘bruscas’ que sua família está passando, Marcelina (Mariana Xavier) longe de casa e grávida, Juliano (Rodrigo Pandolfo) prestes a casar com seu namorado da adolescência, e seu ex-marido Carlos Alberto (Herson Capri) cada vez mais presente em sua vida, após mudar-se para o apartamento da frente.

(Imagem: Marco Antonio Teixeira)

Bom, não é nenhuma novidade a popularidade que a personagem carrega, seu humor gritado, exageros e seu grande coração de mãe ganhou o público desde o primeiro longa.

A sete ano atrás, o humorista Paulo Gustavo inovou e iniciou uma homenagem incrível a sua mãe e criou uma história que refletia em muitas de experiencias já vividas pelo ator, e que conquistou o público pela simplicidade, além da identificação imediata a tantas das aventuras cotidianas de Dona Hermínia.

(Imagem: Marco Antonio Teixeira)

Nesse terceiro longa, com um salto temporal não especificado no roteiro, vemos ainda mais os sinais do amadurecimento da protagonista, de uma mãe preocupada com a formação dos filhos a solidão da velhice, das angustias, da sensação de ninho vazio e dos claros sinais que as coisas mudaram, mas a mesma ainda não se acostumou 100% com essa ideia.

Das típicas ações de vó, das reclamações exacerbadas, do fato de querer atenção e estar sempre tentando auxiliar do seu jeito, enfim são várias as referências há se captar durante o andamento do filme, que com aquele humor único te fará dar altas risadas.

(Imagem: Marco Antonio Teixeira)

Levemente diferente dos anteriores, que continham apenas um momento mais carregado no drama, nesse o alivio dramático acontece algumas vezes e como de praxe, é de cortar o coração e fazer refletir sobre o tratamento que damos às nossas mães.

Com alguns flashbacks pontuais e certeiros, é realmente bonito de se ver quando Paulo Gustavo deixa de lado a gritaria e a graça e substitui por momentos mais sérios e com mensagens motivacionais inclusas em determinadas cenas, são tão especiais que parecem verídicas de sua história de vida.

O filme é divertidíssimo, se assemelha demais ao primeiro e ao segundo com o seu teor cômico, e deixa com um ‘gostinho’ de ponto final a essa história (porém, sabemos que se for sucesso de bilheteria, nada é impossível de se acontecer).