Matrix Resurrections | Crítica

Matrix Resurrections | Crítica

O filme estreia amanhã (22) nos cinemas e já assistimos a convite da Warner Bros. Pictures.

18 anos, esse foi o tempo em que Neo e Trinity estiveram em sono profundo, desde o lançamento de Matrix Revolutions em 2003.

Com ousadia, a diretora Lana Wachowski resolveu ressuscitar, como o próprio título do filme sugere, os icônicos personagens da franquia, dando ao espectador uma super dosagem de pílulas vermelhas e azuis, para que ele faça uma nova viagem entre o universo virtual e real de Matrix.

Matrix Resurrections é uma reinvenção inesperada de uma franquia de muito sucesso e que trouxe novas facetas ao cinema, com o filme de 1999, nunca antes vistas. Me arrisco a dizer que existe um cinema pré-Matrix e um cinema pós-Matrix.

Só por esses motivos já tínhamos uma certeza: “Matrix Resurrections tem tudo para dar errado”, mas não deu. O filme é um reencontro de personagens, em uma história convincente, um pouco melodramática e irônica demais às vezes, mas que não interfere numa trama carregada de nostalgia.

Nostalgia vista principalmente nos personagens de Keanu Reeves e Carrie-Anne Moss, os dois mantém uma química perfeita no filme. É fácil citá-los como um dos melhores casais dos cinemas e da cultura pop. No longa eles repetem uma parceria de sucesso, com muito amor envolvido, em batalhas icônicas e de tirar o fôlego.

Keanu Reeves está no seu auge profissional e, em Matrix Resurrections, traz o melhor de Neo, visto principalmente no primeiro filme. Um personagem intenso, inteligente, melancólico e ao mesmo tempo forte.

Já Carrie-Anne Moss é a personagem da fortaleza, é ela que aparece como o ponto central da história, impactando diretamente cada passo dado por Neo. Cada cena em que ela está presente tem a capacidade de deixar o espectador boquiaberto e disposto a experimentar um misto de emoções: raiva, amor, tristeza e medo.

Jonathan Groff, Neil Patrick Harris e Yahya Abdul-Mateen II tem papéis importantes na trama, mas vou livrá-los dos spoilers e de qual a contribuição de cada um deles na jornada de Neo. Outra menção honrosa vai para a ótima Jessica Henwick, que interpreta Bugs, uma das personagens mais atuantes para que Neo consiga êxito na sua missão e que merece maior destaque em spin-offs ou até mesmo numa possível continuação da franquia.

No quesito ação, Matrix Resurrections resgata a essência da sua trilogia, principalmente do primeiro filme, e entrega excelente cenas de combate e efeitos especiais de alto nível. Os momentos que colocam Neo e Trinity lado a lado em combate tem uma marca toda especial, por resgatar a nostalgia do primeiro filme a uma originalidade somente vista nesta franquia.

Matrix Resurrections é antes de tudo um blockbuster original, mas também percorre por um roteiro dramático, sarcástico e que cumpre com todas as premissas que os fãs da franquia desejam: ação, a química entre Neo e Trinity e uma grande quantidade de efeitos especiais.

Vale a pena acompanhar o longa nos cinemas para potencializar a experiência cinematográfica.