Em Um Bairro de Nova York  | Crítica

Em Um Bairro de Nova York  | Crítica

Estreia hoje (17) nos cinemas, a mais nova aposta musical “Em um bairro de Nova York”, produzido pelo incrível Lin-Manuel Miranda (Hamilton) e dirigido por Jon M. Chu (Truque de Mestre – Segundo Ato). Já assistimos o longa, a convite da Warner, e contamos agora o que achamos.

O longa une o melhor dos dois mundos e características de ambos, resultando em uma das melhores adaptações do ano. 

Baseado no espetáculo homônimo de sucesso da Broadway (que inclusive chegou a ser adaptado numa versão brasileira em 2014), narrado por Usnavi (Anthony Ramos), a história se passa num bairro latino da periferia de Nova York, onde acompanhamos alguns moradores, seus sonhos e ambições. 

Desde o anúncio da produção do filme, os ânimos dos fãs estavam “nas alturas”, pois além de bem-sucedida, a peça na qual o filme foi adaptado carrega uma grande importância na história da cultura Latina, já que não é sempre que se tem uma obra norte americana retratando cubanos, mexicanos, porto-riquenhos e dominicanos em seu tema central, e o mais interessante foi a junção das grandes mentes envolvidas. Chu brilhou de forma majestosa ao entregar um filme destacando muito bem todas as perspectivas do sudeste Asiático em Podres de Ricos, então não foi surpresa que com um roteiro bem construído, ele soube exaltar facilmente essa história latina. Enquanto Lin, criador das músicas, fez um trabalho INCRIVEL, enaltecendo de forma ainda mais grandiosa do que nos palcos. 

Trazendo em seu elenco vasta representatividade, incluindo a rápida participação especial de Christopher Jackson (Hamilton), que foi um dos protagonistas na Broadway como Benny, e o próprio Lin, no estilo Stan Lee com uma curta aparição, mas com direito a um solo, como o vendedor de Piragua.

Além de abordar a união de uma comunidade muitas vezes esquecida e discriminada, exemplos de pessoas que entraram no país em busca do tão apreciado “sonho americano”, sobre o preconceito racial e a diversidade cultural e sua migração, o longa carrega singularidade ao abordar tais temas e mesmo assim permanecer leve, sabendo quando causar em excessos dando grandeza as performances, e levar a comicidade e o drama nos momentos exatos.  

Com muitas cores, coreografias enérgicas (como a muito tempo não se via), uma trilha sonora divertida, audaciosa, emocionante e dançante, o filme entrega toda uma personalidade dinâmica há quem assiste, dando sérias vontades de dançar acompanhando seus números musicais, e prometendo conquistar muitos fãs.