Duna | Crítica

Duna | Crítica

Duna | Crítica

Eis que amanhã (21/10), chega aos cinemas mais um filme daqueles para se ficar de olho, tanto em questões técnicas quanto na grandiosidade cênica que ele promete causar na cultura nerd, “Duna” chega aos cinemas, já assistimos ao longa na cabine de imprensa, e contamos um pouco sobre essa experiência.

O filme é um “Reboot” bem melhorado do longa de 1984 dirigido por David Lynch, adaptado da obra literária de Frank Herbert. Nem todo mundo sabe, mas o livro de origem serviu de inspiração para muitos filmes da época inclusive uma pequena franquia pouco conhecida chamada Star Wars, então caso encontre semelhanças na abordagem do tema tenha em mente quem foi a referência.

É um tanto complicado descrever a sinopse, e dessa vez não por receio de acabar entregando demais e sim pela complexidade da história, é como se Star Wars e Game Of Thrones se unissem numa obra. Pensa na extensa quantidade de informações entregue na primeira temporada de Game Of Thrones, com aqueles vários personagens com nomes difíceis de se pronunciar, em territórios distintos e toda aquela trama sobre linhagem familiar, agora introduz tudo isso no espaço, em planetas com características bem diferentes, naves, figurinos, lutas e toda uma narrativa sobre domínio de “territórios”, tudo isso num tom épico, isso é Duna.

Numa fotografia monumental, onde não foi poupado CGI dos bons e muito efeito prático também, o longa traz uma veracidade surpreendente a tudo o que é apresentado. São estruturas megalomaníacas, com riqueza de detalhes técnicos, criando de fato um novo universo pronto a ser expandido, figurinos carregados de conceito dentro dessa fictícia atmosfera, e uma trilha sonora estonteante, alta e explosiva (Hans Zimmer não brinca em serviço).

Ambicioso em muitos sentidos, é necessário acrescentar que não trata-se de uma narrativa tão fácil, a quem não entende a premissa principal do filme e toda a mitologia envolvida, a princípio, podendo ficar perdido por alguns (ou muitos) minutos de instrução (que foi o meu caso), mas conforme o desenvolvimento vai se estendendo, a interação junto ao que vai acontecendo se une a curiosidade e ao apego do enredo. Isso torna a experiência mais interessante e envolvente, mas já adianto que não é tão simples assim.

Outro adendo importante é compreender que este é um longa introdutório (quase que assumido) a algo muito maior que está por vir no futuro, então não espere que ele responda questões ou enigmas criados em seu decorrer, ou que tenha um fechamento da história, dando a entender uma continuação. Ele te apresenta o cenário, os personagens, a trama de modo geral e um breve desenvolvimento, a continuação de tudo isso é essencial, e ao final nos resta torcer para não demorar muito para a sequência, pois há muito a ser explorado.

De todo modo, apesar de sua complexidade na questão roteiro, vale a pena demais acompanhar essa grande produção nos cinemas, é nítido que ele foi construído para entrar para a história junto ao seleto grupo de franquias bem-sucedidas.