Casa Gucci | Crítica

Casa Gucci | Crítica
Chega hoje (25) aos cinemas o aguardado “Casa Gucci”. Já assistimos o filme, a convite da Universal Pictures, e contamos agora o que achamos.
Em quase 3 horas de filme, Ridley Scott conduziu um longa extenso, com uma narrativa detalhista, sem poupar informações na adptacão, que apesar de algumas cenas facilmente descartáveis em seu corte final, cumpre seu papel como uma boa obra biográfica.
Num tom quase sátiro, dado os excessos ao apresentar seus personagens, é bacana acompanhar o passar dos anos dessa família de alto poder aquisitivo e entender que nem sempre foi uma crescente, mesmo carregando esse sobrenome imponente no mundo da moda. O filmeostra uma ousadia em narrar desde a falta de escrúpulos, em comandar um “império”, ao ousado jogo audacioso do desenvolvimento pessoal interesseiro de uma persona, que teve uma grande influência num período na marca.
Gaga de fato rouba a cena, o que acaba surpreendendo, não por duvidar de seu potencial artístico, e sim ao vislumbrar o elenco de peso no qual contracena, repleto de nomes experientes da indústria, mas diferente de algumas opiniões relacionadas a “genialidade” entregue em sua performance, não à achei tão original assim. Reconheço o amadurecimento em seu novo trabalho, mas alguns trejeitos do tom caricato de Patrizia Reggiani se assemelham a trabalhos medianos já realizados pela mesma (como em sua participação na quinta temporada de American Horror Story). Assim, é nítido o seu destaque dentro do enredo, e o quão intenso é seu potencial, mas acredito que não passe apenas como menção na temporada de premiações (o que obviamente já é algo incrível de se acontecer).
Em todos os sentidos possíveis, estéticos e tecnicamente falando, o longa “conversa” de modo fácil com o público, com perfis muito bem estabelecidos, enfatizando muito bem a ambição e a ganância dentro de uma história familiar bem num estilo novelão.

O longa tem sua parcela de erros e acertos. Não vou mentir que esperava um pouco mais dessa abordagem, até porque nos últimos anos tivemos exemplos bem sucedidos em como contar histórias introdutórias de grandes marcas e estilistas, tão absurdas e ousadas quanto as dos Gucci. Mas calma, o filme tem grande potencial, e é sim uma obra muito boa, porém optou por uma “linha” segura em alguns pontos, quando podia encontrar o glamour mesmo em meio ao trágico.