Baseado em bestseller multipremiado, “Longe da Árvore” chega aos cinemas com sessões gratuitas

Baseado em bestseller multipremiado, “Longe da Árvore” chega aos cinemas com sessões gratuitas

Autointitulado “esquisito” na infância, Andrew Solomon se interessava por ópera e pelos poemas de Emily Dickinson. Mas o fato de ser gay foi o que desencadeou uma relação muito tensa com seus pais. “Minha mãe imaginava que seu primeiro filho seria parte do grupo dominante, uma criança popular na escola, atlética, sem conflitos com o mundo e basicamente convencional”, diz. “E, ao contrário, ela teve a mim”.

Foi então que o vencedor do National Book Award pelo livro “O Demônio do Meio­Dia” decidiu investigar as maneiras como as famílias lidavam com as diferenças. O resultado de dez anos de pesquisa e entrevistas com mais de 300 famílias é “Longe da Árvore: pais, filhos e a busca da identidade”, – título mais vendido na lista de não-ficção do New York Times e colecionador de mais de 50 prêmios nacionais e internacionais. O livro originou o documentário homônimo produzido pela Participant Media, que chega aos cinemas brasileiros em 19 de setembro. “Longe da árvore” conta todos os recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência visual e auditiva: legenda descritiva, audiodescrição e libras. 

São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre receberão a estreia com sessões gratuitas no fim de semana do lançamento, entre quinta e domingo. A ação é um oferecimento da distribuidora Flow – que assina a distribuição na América Latina, por meio do selo Believe Films -, em parceria com a Diageo, o Instituto Alana e A Taba. Também no fim de semana de estreia, os espectadores de São Paulo e Rio de Janeiro serão brindados com sorvetes oferecidos pela Ben&Jerry’s. A partir do dia 19.09, o filme também estará disponível para pré-venda no iTunes com preço especial. Vale lembrar que setembro é o Mês da Diversidade e no sábado (21.09), é celebrado o Dia nacional de luta das pessoas com deficiência.

Agora vertida para a telona, a trama é um lembrete eloquente de que a diversidade nos une: as diferenças é que tornam particular a nossa forma de existir no mundo. São lições de amor que vão muito além de seus personagens, capazes de nos tornar menos ariscos uns com os outros, menos temerosos, mais abertos e acolhedores. Solomon escreveu o “Longe da Árvore” para compreender melhor a própria vida – e foi procurado por mais de trinta cineastas tão logo o livro chegou às prateleiras. Rachel Dretzin, vencedora do Emmy®, venceu também essa cruzada. “Ela entendia as circunstâncias melhor do que qualquer outro”, disse o autor. “Formamos uma conexão emocional e intelectual praticamente imediata e que nunca se enfraqueceu. Concordamos em todas as questões morais propostas no livro, e que são agora retratadas de forma nova e maravilhosa pelo filme”.  

IDENTIDADE

O longa acompanha famílias que enfrentam grandes desafios na base do amor, empatia e compreensão – histórias capazes de frear o escalada do ódio ao nosso redor. “Longe da Árvore” é um filme que respeita e valoriza pessoas cujos direitos estão sob ataque, em uma rara janela para a vida dos outros.    

“‘Longe da Árvore’ reúne histórias emocionantes que despertam o melhor que existe em nós”, pontua Luana Lobo, sócia-diretora da Flow. “Acolher e valorizar as diferentes formas de existir no mundo é urgente e este é um pensamento compartilhado com a Participant Media – que vê esse filme como um antídoto ao atual clima de polarização que assola as sociedades globalmente. Nas palavras do próprio Andrew Solomon, precisamos dessa diversidade de afetos para fortalecer a ecosfera da gentileza e garantir que o planeta possa continuar”, defende. Este é o segundo lançamento do selo Believe films na América Latina.

O filme enfatiza o valor de um planeta mais diverso. “Eu gostaria de pensar que o filme traz uma mensagem não apenas de tolerância, mas de admiração por pessoas diferentes”, Solomon diz. “Trata de resiliência, claro, mas fala ainda mais profundamente da grande questão de ter uma sociedade que em sua totalidade acolhe várias experiências humanas”. Nico Muhly e Yo La Tengo assinam a trilha sonora e o cartaz latino é assinado pela ilustradora Anna Cunha.

A estreia de “Longe da Árvore” no Brasil também conta com a parceria da editora Cia das Letras e o apoio institucional da ONU, por meio da campanha Livres & Iguais e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). Para ampliar o debate e o impacto sobre o tema, o lançamento conta com uma articulação que mobilizou mais de 40 instituições, coletivos, marcas e personalidades que vão levar o filme mais longe. Entre elas estão: Comissão da diversidade sexual da OAB, Sistema B, Instituto Rodrigo Mendes, APAE SP, Thiago Queiroz (Paizinho, Vírgula!), Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, Grupo de Mulheres do Brasil, Alexandre Coimbra (psicólogo), Sesc e Mães Pela Diversidade.