“Vingadores: Guerra Infinita” | Crítica
Com a melhor cena de abertura de todos os filmes da Marvel e com um final mais ousado e surpreendente de todos, “Vingadores: Guerra Infinita” consegue acertar do começo ao fim e o que é melhor, saindo totalmente da fórmula ‘quadrada’ de filmes de super-herói que a própria Marvel se utilizou em seus longas anteriores.
A fórmula de se fazer um filme de super-herói foi quebrada totalmente nesta primeira parte da jornada épica dos Vingadores e sua busca para impedir os planos do seu maior vilão, Thanos (Josh Brolin). Uma fórmula que, até o momento, deu resultados em bilheterias arrasadoras a cada lançamento e a ousadia do estúdio em sair desse certo comodismo, faz com que esse tipo de filme ganhe uma nova vertente.
Estão em tela todos os grandes heróis da Marvel reunidos: Homem de Ferro, Capitão América, Hulk, Thor, Homem-Aranha, Pantera Negra, Okoye, Ayo, Shuri, Doutor Estranho, Wong, Visão, Máquina de Combate, Falcão, Bucky, Viúva Negra, Feiticeira Escarlate, Senhor das Estrelas, Gamora, Drax, Rocket, Groot e Mantis…. ufa! Esqueci de alguém? Sim, Homem-Formiga e o Gavião Arqueiro não estão nesse filme.
Imagina colocar todo esse povo em tela! Por mais que o filme tenha mais de duas horas e meia é muito difícil ter o desenvolvimento de todos; porém todos aparecem em tela… possuem diálogos e contribuem para toda a trama, mesmo que de forma pequena, mas contribuem… e isso é impressionante!
Um grupo de herói foi sendo dividindo em vários núcleos. São cerca de quatro núcleos principais e dentro desses núcleos ainda possuem outros subnúcleos menores, mas isso não confunde quem assiste. Tudo é muito bem trabalhado com cada personagens.
O trabalho de montagem desse filme é algo espetacular! Apesar de me incomodar em alguns momentos a passagem de um núcleo para outro, mas isso não desconstruiu toda a narrativa do filme.
A construção do CGI, os efeitos especiais, é outro ponto extremamente forte neste filme. O Thanos está incrível e, em um determinado momento, você vais e esquecer totalmente que aquilo que está em tela foi gerado por computador, apesar de ter por trás a atuação do Josh Brolin, que por sinal, também desempenha um papel avassalador como o maior vilão do universo Marvel, aquele capaz de dizimar metade da população de um planeta com um simples estalar de dedos.
A entrada dos novos personagens com a Ordem Negra – Corvus Glaive, Estrela Negra, Fauce de Ébano e Próxima Meia-Noite – os tais filhos de Thanos é outro destaque de perfeição em todo o design de produção. É perceptível que cada personagem alí foi detalhadamente preparado e pensado em seu design de produção.
A boa dose de humor com a entrada do time dos Guardiões da Galáxia em toda a trama têm equilíbrio em todo o contexto da trama. Piadas que, por mais que nem todas são engraçadas, mas não estragam todo o ritmo do filme que, quando precisa, ele se leva a sério.
São mais de duas horas e meia de filme em que o ritmo é quase que todo frenético. São poucos os momentos em que você respira e isso é excelente. Você não vê o tempo passar e no final, ainda quer mais.
E que final! Creio que foi o mais surpreendente e ousado de todos os filmes até o momento da Marvel. Por mais que você já tenha levado algum tipo de spoiler antes de entrar na sala de cinema, você ainda sai totalmente chocado.
Muito mais pesado de todos os filmes anteriores da Marvel, “Guerra Infinita” é um filme épico que celebra os dez anos da Marvel com classe e nos entrega uma obra incrível.
Há tem uma cena pós-credito e, como esse texto não é para dar spoilers… estou coçando os dedos aqui para contar mais sobre ela… 😀
