Venom 2 – Tempo de Carnificina | Crítica
Após diversos adiamentos, finalmente estreou essa semana (07/10), “Venom – Tempo de Carnificina”. Trazendo muitos elementos similares ao primeiro filme e introduzindo um vilão ainda mais complexo. Confira o que achamos do filme.
Nessa sequência temos Eddie Brock ainda tentando se acostumar com sua vida junto ao simbionte, mesmo após um ano dos acontecimentos do primeiro longa. Na tentativa de conciliar sua vida pessoal, profissional e sua desilusão amorosa, Eddie foi o jornalista escolhido pelo Serial Killer Cletus Kasady a lhe conceder uma entrevista, assim tendo seu primeiro contato com tal mente perturbadora, porém mal sabe ele que esse evento acarretará consequências devastadoras.
Com uma boa aceitação da crítica, e uma surpreendente abertura positiva em bilheterias lá fora, Venom carrega uma grande importância para o futuro do “universo estendido” dos “vilões” de Homem-Aranha, afinal ele acaba sendo uma métrica do quão interessado o público está por esses anti-heróis, mas será que o resultado de fato surpreendeu?
Com uma ideia central muito parecida com o primeiro filme, facilmente poderia se dizer que foram gravados na mesma época e só divididos em dois. O longa não traz novidades a abordagem, os erros, e o teor de comédia são idênticos, infelizmente não houve evolução (a não ser o CGI que está bem superior ao primeiro), o que acaba sendo uma pena, pois o que se espera de uma sequência é um melhor desenvolvimento de uma história que a base já foi introduzida.
O filme tem como ponto positivo o divertido trabalho por parte da Tom Hardy que incorpora muito bem os diálogos consigo mesmo, dando um tom cômico e espontâneo às confusões mentais causada por Venom, e a obscuridade conduzida por Woody Harrelson, que entrega uma complexidade interessante encarnando um psicopata e um simbionte em busca de Carnificina, estendendo ainda mais o tom provocativo e transformador.
Mas como nem tudo são flores, o lado negativo pesou um pouco mais, principalmente pelo roteiro fraco, que não dá profundidade em nenhum aspecto para os personagens, principalmente ao vilão que exigia uma abordagem mais detalhada, afinal sua história é forte e violenta, mas não houve um comprometimento com a sua narrativa, e o filme se perde tanto quanto suas motivações. E Michele Williams que permaneceu tão aleatória quanto os furos deixados na história.
Vale a pena assistir? Sim, caso você tenha gostado do primeiro filme, pois tudo o que foi mostrado está presente novamente, a história apenas se estendeu. Porém, se espera qualquer coisa que seja diferente disso, talvez saia decepcionado da sessão.
PS: O filme vale a pena pela cena pós crédito (risos)