Vencedor do Oscar de 2019, “Free Solo” estreia neste mês no NatGeo
Vencedor do Oscar de 2019 na categoria Melhor Documentário, Free Solo é uma experiência única e intensa para o espectador.
O documentário conta a história de Alex Honnold, um alpinista livre, que escala montanhas sem equipamento. É com apenas a força de seu corpo, concentração e segurança interior, que ele faz o que parece ser impossível.
O filme de Jimmy Chin e Elizabeth Chai é um retrato que deixa o espectador no limite. Favorito desde sua estreia, Free Solo acompanha a jornada de Hannold para escalar uma das montanhas mais assustadoras da Califórnia, a El Capitan, nunca escalada por um solista antes. tal proeza fez com que ele entrasse para a história da escalada em montanhas.
A El Capitan tem aproximadamente 915 metros de altura e foi o maior desafio da carreira do atleta. Este excelente documentário não fica apenas em escaladas, é retratada toda a preparação física e mental de Alex para chegar ao ponto em que ele finalmente realiza o que tem sido seu sonho desde que começou a escalar montanhas. O longa também explora a relação do atleta com sua namorada e como o perigo do que ele faz afeta a dinâmica e o dia a dia do casal.
O filme parece simples de enredo para quem ainda não viu, mas foi uma decisão incrivelmente corajosa gravá-lo. Além dos planos maravilhosos e imagens lindas capturadas durante a escalada, Jimmy Chin que também escala montanhas e Elizabeth Chai conseguiram fazer um documentário emocionante e perigoso que poderia ter dado muito errado.
O simples fato de ter uma equipe de gravação em volta de Hannold, poderia atrapalhar sua concentração, sua calma e até equilíbrio. É citado no filme, a todo momento, que ele é livre para desistir do longa e a equipe se afastaria. Mas o mais interessante é toda a preparação emocional da equipe de documentaristas, que além de gravarem um fato que entrou para a história do alpinismo, estavam lidando com um objeto que é muito próximo deles, um amigo, que poderia estar prestes a literalmente cair para a morte.
Com toda a coragem que precisou para ser feito, o produto final foi um filme cheio de imagens perfeitas, com ângulos bem pensados, temos aqui uma obra que mantém o espectador interessado, os momentos mais emotivos não extrapolam para manipuladores, porque o sentimento principal que o filme deixa é de tensão e apreensão.
A todo o momento, parece que algo ruim ou horrível vai acontecer, o que contrasta com a natureza pacífica e estável que cerca o ato. Free Solo é um filme que usa os recursos técnicos não apenas para exibição, mas para a melhoria da qualidade do produto final, além de ambicioso é, emocionante.
Free Solo estreará no National Geographic no dia 9 de março, às 21h.