“Uma mulher no escuro” | Raphael Montes faz sessão de autógrafos de seu novo livro
A Livraria Cultura e a Companhia das Letras convidam para o lançamento do livro “Uma mulher no escuro“, de Raphael Montes com sessão de autógrafos. O evento acontece no dia 10 de junho, a partir das 17h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, localizado na Avenida Paulista em São Paulo.
Um crime brutal cometido há vinte anos, uma única sobrevivente, o retorno calculado do assassino. Em quem Victoria deve confiar? Neste thriller psicológico, Raphael Montes moderniza o suspense e inova sua forma de contar histórias.
Victoria Bravo tinha quatro anos quando um homem invadiu sua casa e matou sua família a facadas, pichando seus rostos com tinta preta. Na mesma noite, Santiago, um jovem de dezessete anos, se entregou à polícia com as mãos ensanguentadas, confessando o crime, sem nunca explicar por que matou a família Bravo, nem por que deixou a caçula viva. . Passados vinte anos daquela noite de horror, a única sobrevivente é agora uma jovem solitária e tímida, com pesadelos frequentes e sérias dificuldades de relacionamento. Seu refúgio é ficar em casa e observar a vida alheia pelas janelas do apartamento onde mora, no bairro carioca da Lapa, abraçada ao ursinho de pelúcia Abu, a lembrança preservada de sua infância interrompida.
A personagem se consulta regularmente com um psiquiatra e é encorajada, cada vez mais, a sair de sua zona de proteção. Até que o passado bate à sua porta, invade seu apartamento, picha o rosto de Abu e pinta as paredes com um convite: “Vamos brincar?”. Obrigada a enfrentar sua própria tragédia, Victoria embarca em uma investigação sobre o assassino de sua família.
É com essa trama que Raphael Montes, autor reconhecido por seus romances policiais, lança seu primeiro thriller psicológico. A obra, segundo o escritor, representou um novo desafio em sua carreira. Uma mulher no escuro é o primeiro livro de Montes protagonizado por uma mulher e também, ao contrário de seus trabalhos anteriores, apresenta uma protagonista com perfil heroico. Para construir o perfil das personagens, Raphael se baseou numa extensa pesquisa, que incluiu conversas com psiquiatras sobre traumas infantis, estudos sobre transtornos e consulta com criminólogos, como Ilana Casoy. “Mas, ao escrever, confesso que deixo toda essa pesquisa de lado e deixo o texto fluir, as personagens ganharem vida própria”, pontua Raphael.
Modernizando elementos clássicos do thriller e aproximando-os do ambiente doméstico, a trama envolve o leitor ao falar sobre trauma, família, confiança e amor. “Escrevi um livro em que o mistério é costurado aos poucos, a tensão aparece mais nas situações e no perigo iminente do que em cenas de violência”, diz Raphael, que cita como influências Patrícia Highsmith, Dostoiévski, Dürrenmatt, Gillian Flynn, Tarantino, os irmãos Coen, Hitchcock e Louis Malle. Confrontada com seu passado, Victoria olha ao seu redor e desconfia daqueles que estão mais próximos: seu psiquiatra, que constantemente cruza a fronteira entre médico e paciente; Arroz, um amigo feito pela internet, com quem visita casas à venda e mantém conversas gerais e Georges, escritor que visita diariamente o café onde Victoria trabalha até que os dois começam uma relação amorosa. Qual dos três homens está usando tudo o que sabe para aterrorizar a vida de Vic? E o que afinal eles querem com ela? Mais do que descobrir a identidade do assassino, investigando seu passado a protagonista inicia um processo de amadurecimento que pode, de uma vez por todas, libertá-la de sua infância traumática.
Na literatura nacional, Raphael Montes é uma referência quando se trata de livros de suspense. “Uma mulher no escuro” confirma o autor como um dos mais originais da atualidade — além de deixar o leitor intrigado até o fim.