“Um Amor Impossível” | Crítica
Quem nunca sofreu por um amor impossível? Quem nunca sonhava com aquela paixão avassaladora, ou suspirava só de imaginar aquela pessoa ao seu lado, e no fim das contas acabar quebrando a cara? Se você se identificou, então com certeza vai se identificar ainda mais com “Um Amor Impossível”, um romance baseado no best-seller de Christine Angot.
A obra se passa no final dos anos 50, na França, onde Rachel, uma humilde funcionária de escritório, conhece Philippe, um jovem brilhante nascido de uma família rica. A partir desta apaixonada conexão, nasce uma pequena garota, Chantal. Philippe se recusa a se casar fora de sua classe social e Rachel tem que criar a filha sozinha.
Ao longo do filme, é bem fácil sacar a intenção do personagem Philippe, não só com Rachel, como também com sua filha Chantal.
No começo, você acha que ele é apenas um idiota como muitos outros, que vem, aproveita a festa e simplesmente vão embora, porém, no decorrer da história, ele consegue ultrapassar esse nível, se tornando um grande mal caráter. O que faz sua atuação ser exemplar, pois não é fácil odiar um personagem tão belo. Não é possível ama-lo ou torcer por ele em nenhum momento, mas não é possível também imaginar que uma pessoa chegue a tão extrema maldade.
Apesar deste personagem nos causar muito ódio, indignação e angústia, não há como negar que o filme acertou em cheio a forma como explorou tão bem o roteiro.
No começo você pode imaginar ser mais uma história de romance clichê, onde o mocinho fica com a mocinha, apesar de todas as perícias que vivem lutando por seu amor.
Mas em “Um Amor Impossível“, a história foge de tudo isso. Você não torce para que o casal fique junto, só é possível torcer para que Rachel veja o que está acontecendo com sua filha e esqueça Philippe, que a humilha de diferentes formas.
Temos aqui um filme emocionante e muito angustiante por se esperar um confronto por toda a situação subentendida. Vale muito a pena assistir!
Com distribuição da A2 Filmes, o filme recebeu quatro indicações ao prêmio César, o “Oscar do cinema francês”, e chega aos cinemas de São Paulo, Barueri, Rio de Janeiro, Niterói, Volta Redonda, Brasília, Belo Horizonte, Vitória, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Salvador, Recife, Goiânia, Maceió e Fortaleza.