“UglyDolls” | Crítica
Não é de hoje que a ideia de se criar animações com mensagens importantes a serem transmitidas vem ganhando cada vez mais notoriedade, aquela velha história do ‘filme é para as crianças e para os adultos‘, fórmula utilizada em vários exemplos nos últimos anos, e “UglyDolls” usa essa estratégia de maneira formidável.
O filme conta com uma dublagem muito especial em sua versão nacional, com Aline Wirley, João Côrtes, Ricón Sapiência e Paula Lima, e para os apreciadores de áudio original, em sua versão americana conta com nomes como Kelly Clarkson, Nick Jonas, Blake Shelton e Pitbull.
No filme somos imersos a cidade de Uglyville, um lugar onde bonecos de uma fábrica que possuem pequenos defeitos são descartados, lá independente de suas irregularidades ou “deformações” se reina a felicidade, onde conhecemos a protagonista Moxy, que mesmo satisfeita com a vida que leva, tem como sonho ser escolhida e se tornar um brinquedo de uma criança. Junto aos seus amigos Wage, Babo, Ice-Bat e Wedgehead, eles irão embarcar numa jornada onde o intuito é ajudar a amiga realizar seu maior desejo, e nesse percurso entender e entregar uma mensagem sobre auto aceitação, trabalho em equipe e a importância de persistir em seus ideais.
Um ‘festival‘ vibrante de cores e sons, impossível assistir a este filme e não se impressionar com o quão colorido, intenso e bem adaptado para sua versão brasileira, os tons são expostos, trazendo pra tela muita alegria e destaque, tudo muito vivo e com personalidade, já a trilha ficou linda, cheia de músicas positivas, não tão fáceis de se decorar ou de se tornara nova “Livre estou” mas merecem ser mencionadas pelo ótimo trabalho.
A mensagem do filme é entregue de forma bem didática, é levantada a bandeira da imperfeição e da simplicidade desde de o início, e no fim só se reafirma tudo o que foi mostrado.
Usando de analogia a nossa sociedade, mostrando que o mal existe independente de sua aparecia, que os defeitos “físicos” existem para nos tornar diferentes e especiais, lições de companheirismo e amizade, e diversas outras mensagens que são extremamente importantes de serem expostas, destacando a aceitação e o respeito de forma coesa sem cair no piegas.
Apesar das críticas por parte da imprensa internacional não estarem tão favoráveis, acredito sim que vale o ingresso, e uma boa conversa pós-cinema sobre o entendimento de tudo o que o filme quis expressar.