Turma da Mônica: Lições | Crítica
Possivelmente a última estreia nacional nos cinemas desse ano, que contou com muitos adiamentos e readequações, chega às telonas amanhã (30) de dezembro um dos melhores filmes do ano: “Turma da Mônica: Lições”. Já assistimos ao longa na cabine de imprensa e contamos agora o que achamos.
A introdução começou assim mais séria, pois essa sequência amadureceu e definitivamente ganhou um status de drama ao invés de uma comédia infanto-juvenil, de tão bem produzido e diferente do antecessor. Seguindo a linha do primeiro, “Lições” é uma adaptação da graphic novel de mesmo nome, que conta sobre uma fase na vida da turminha onde eles tem se adequar a distância.
Após alguns acontecimentos, Mônica se vê numa escola totalmente nova, sem a companhia de seus antigos amigos, tendo que encarar toda a insegurança de ser uma aluna nova, sem o respeito e confiança que já carregava. Enquanto isso, Magali, Cebolinha e Cascão, ainda tentando superar a frustrante ausência da amiga, conhecem alguns outros nomes já bem conhecidos pelos leitores, que terão grande importância no plano infalível de tentar trazer a Mônica de volta.
Daniel Rezende está a frente novamente desse projeto e conduz com maestria uma história maravilhosa, seguindo uma linha bem similar ao que a Pixar faz. O roteiro é daqueles para agradar aos pequenos, mas também os adultos, trazendo questões sérias de forma tão sensíveis que é inevitável não se comover ao se identificar com as passagens que todos nós já vivenciamos.
Em “Turma da Mônica: Lições”, a diversão e o entretenimento fácil dão lugar aos questionamentos, eles estão amadurecendo e as ideias e a cobrança que a idade traz começam a aparecer, mesmo que de forma singela. Junto a isso entra em cheque o quão preparados eles estão para essas mudanças. Claro que o humor também se faz presente, porém sem nenhuma obviedade no tom escolhido. A comicidade é tão singular e certeira que torna o longa ainda mais adorável, é de permanecer as 2 horas de filme com um sorriso bobo por baixo da máscara.
Com muitas participações especiais, destaco Malu Mader como professora da turma da nova escola, que carrega aquele tom nostálgico de todos nós de guardar um carinho especial por uma professora específica da infância que sempre foi atenciosa. Isabelle Drummond, como a famosa Tina, apesar da breve passagem pelo filme, também deixa sua marca e abre margem para que haja uma futura expansão da história, centralizada em seu núcleo.
Com muitas qualidades, técnicas e de roteiro, “Turma da Mônica: Lições” promete emocionar fácil (mais de uma vez), e surpreender a todos, com sua história simples, mas muito bem produzida. Assista nos cinemas, é diversão garantida!
PS: o longa possui uma cena pós-crédito MARAVILHOSA.