“Turma da Mônica – Laços” | Crítica
Assim como boa parte das pessoas sempre fui muito fã dos trabalhos do Maurício de Sousa, desde muito novo aprendi várias das lições retratados em seus gibis pela turma mais bacana da literatura brasileira, dito isso nem preciso me prolongar demais em dizer o quão feliz esse filme me deixou.
Sabe aquele sorriso de nostalgia, de criança que se encanta pelo brilho de algo cintilante, aquela sensação gostosa de criar altas expectativas e elas serem alcançadas, são exatamente esses os sentimentos e feições que esse filme nos provoca. Baseado na HQ do mesmo título o filme conta a história do sumiço do cãozinho Floquinho.
Escolhida de forma proposital para ser o primeiro passo numa possível futura franquia, a história de “Turma da Mônica – Laços” foi retratada de forma bem fiel a sua Graphic Novel, porém de forma mais grandiosa, foram acrescentadas referências e menções a personagens que não apareciam na obra original, tornando ainda mais interessante seu roteiro, causando um estimulo na mente de todos os fãs sobre o que esperar para o futuro.
É estranho pensar que personagens tão icônicos na cultura brasileira, que este ano completam 60 anos, com diversas histórias e temáticas, nunca foram adaptados para um live-action, e ao cair nas mãos de um diretor tão prestigiado, criou-se mágica, uma obra linda que merece os mais sinceros destaques.
A memória afetiva é um ponto que torna ainda mais intensa a experiência de assistir a este filme, são personagens muito emblemáticos por suas características e personalidades que ao “ganharem vida” e serem expostos em situações humanas e reais facilmente emociona o telespectador.
A escolha do elenco não poderia ser melhor, 4 crianças totalmente entregues ao que é proposto, nomes grandes na mídia como coadjuvantes, a aparição estilo “Stan Lee” do criador Mauricio de Sousa, toda a fotografia e jogo de cores montados de forma deslumbrante e cheio de estratégias para um destaque ainda maior aos protagonistas, as referências a histórias paralelas que são abordadas de forma rápida, mas com tempo de instigar ainda mais curiosidade e todo o roteiro feito de forma minuciosa, sem aquela mensagem infantil demais, justamente para agregar e agradar ao publico mais velho também.
Enfim, sem dúvida alguma um dos melhores filmes do ano e elevou ainda mais a arte do cinema nacional. Assistam, divirtam-se e se emocionem.