“Tudo que quero” | Uma jornada corajosa de auto descobrimento
Numa “vibe” bem positiva, o filme “Tudo Que Quero” (“Please Stand By“) nos entrega uma protagonista forte, independente que coloca de lado todo o estigma colocado pelo cinema quando o assunto é autismo, sem apelar para o vitimismo. O filme abrange vertentes pouco exploradas em pessoas com tal doença e nos entrega uma obra simples e coesa.
Wendy (Dakota Fanning) vive em São Francisco numa casa para pessoas com problemas e doenças mentais, diagnosticada com autismo. A jovem foi internada por sua irmã mais velha pelo fato de a mesma não saber como lidar e ter receio sobre o quanto essa doença pode afetar sua rotina como recente mãe.
Scottie (Toni Collette) é quem cuida e organiza a casa e, de certa forma, é o modelo de mãe que Wendy tem em sua rotina, conduzindo seu aprendizado, aconselhando e lidando com as mudanças que ela encara.
Fissurada por Jornada nas estrelas, a garota tem como hobby criar histórias derivadas da série, com perfeição de detalhes como se realmente vivesse naquele universo.
Eis que surge a oportunidade de mostrar seu dom para o mundo quando anunciam um concurso de histórias e, pela primeira vez, Wendy se vê determinada a participar. O único detalhe é que para isso ela terá que entregar quase que “em mãos” seus rascunhos. Inicia-se aí uma aventura com o imprevisto.
Acompanhado de seu cachorro de estimação, ela lidará com todos os tipos de desafios ao encarar o até então desconhecido mundo fora do seu ambiente cotidiano.
Com roteiro simples (um pouco previsível), atuações belíssimas do elenco e um bom equilíbrio entre a seriedade e alívios cômicos, o enredo mostra de maneira despretensiosa uma jornada corajosa de auto descobrimento, em que se entende no decorrer do filme que no fim um “final feliz” é só um detalhe quando a busca por ele se torna um desafio.
O filme chega aos cinemas no dia 26 de abril.