“Tolkien” | Crítica
Apesar de todas as controversas que ocorreram durante a produção, com a Família de J. R. R. Tolkien dizendo não aprovar, e nem colaborar em nada relacionado ao filme, e após duras críticas ao roteiro por parte da imprensa internacional, chegou aos cinemas na semana passada (23/05), “Tolkien“.
Com Nicholas Hoult e Lily Collins no elenco e sob a direção de Dome Karukoski, o filme narra a juventude de um dos maiores escritores de fantasia de todos os tempo, conhecemos desde sua infância traumática, com a perda prematura de seus pais, se tornando órfão junto ao seu irmão, passando por sua vida acadêmica, num colégio muito conceituado, o desenvolver de suas amizades cujo foram de estrema importância em sua vida, e o conhecer de sua esposa e musa inspiradora Edith.
No longa, tempos a abordagem de sua passagem no exército, época da primeira Guerra mundial, que mesmo deixando “traumas”, lhe trouxe inspiração em suas futuras narrativas.
Para muitos, o filme passou de forma rasa, deixando a desejar em vários sentidos, seja por retratar épocas especificas demais, e não mencionando mais a fundo o como a mente do autor criou suas memoráveis obras, outros comentaram de forma decepcionada pela ausência de sua “ligação” ao cristianismo, e o como sua religião tinha um vínculo direto e sempre que possível exposto em suas criações.
Como um mero leigo quando o assunto é Tolkien, achei o filme de uma sensibilidade tremenda, ele desenvolve um copilado de informações coesas sem tornar cansativo. A direção soube transitar sobre o que era real ao que era fantasia de forma tão natural, não tornando as cenas artificiais, voltadas ao pueril.
Com prováveis referências ao que no futuro seriam seus grandes sucessos, a fotografia impecável, um elenco harmonioso e um roteiro e direção simples, que souberam surpreender, emocionar e intensificar quando necessário.
Talvez os fãs mais entendedores de sua história sintam faltam de algum quesito ou maior aprofundamento dentro de algum tema, porém afirmo com propriedade que o filme é comovente e empolgante.