Tenet | Crítica

Tenet | Crítica

O novo filme da Warner Bros. estreia nesta quinta (29/10) nos cinemas.

Que Christopher Nolan é apegado na ideia de construir complexidade de alguma forma em seus filmes não é novidade para ninguém, afinal tem no currículo filmes como “A Origem” e “Interestelar”.

“Lutando pela sobrevivência do mundo inteiro, o Protagonista viaja através de um mundo crepuscular de espionagem internacional em uma missão que irá desenrolar em algo para além do tempo real.”

Sim, foi com essa sinopse acima, que cria margem para um milhão de possibilidades, que a Warner “descreveu” o longa, e honestamente isso basta para deixar a experiência ao assisti-lo ainda mais empolgante, quanto menos se souber sobre aspectos do enredo maiores serão as surpresas.

Como tudo o que Nolan coloca a mão, o filme é de uma produção IMENSA, em todos os features, desde os efeitos práticos, CGI, produção, pós-produção e a ação construída de maneira linear. A introdução do filme merece ser exaltada, pois carrega uma tensão no sentido de se entender a proposta e ao mesmo tempo nos deparamos com algo grandioso, digno de encerramento épico de qualquer filme normal de ação.

O elenco é pequeno, mas muito bem escolhido, com John David Washington sendo o cara e representando muito bem a intenção do diretor em contar essa ousada história, e claro, a inovadora técnica de inversão se destaca e cada vez que “entra em cena” é um show para os olhos, difícil até saber se aquilo foi encenado ou inserido em pós-produção, tamanha perfeição das cenas.

A trama no geral é descomplicada, mas quando se junta o assunto “tempo” ou “viagem temporal”, de alguma maneira dentro de um longa do Nolan sabemos que o simples se torna confuso num estalar de dedos, e é exatamente o que acontece, e inevitavelmente se questiona se era realmente necessário dentro deste roteiro essa difícil compreensão dos fatos.

Tenet vale e muito ser acompanhado nos cinemas. É uma experiência nova e única. Mas também é importante saber que o filme será um teste de intelecto em alguns momentos e num nível ainda maior que “A Origem”.