“Star Wars: A Ascensão Skywalker” | Crítica sem spoilers
‘A Ascensão Skywalker’ é o filme com piores críticas da saga ‘Star Wars’ desde 1999
“A Ascensão Skywalker” é mais criticado da saga desde 1999
‘Star Wars: A ascensão de Skywalker’ deixa críticos desapontados
Star Wars: A Ascensão Skywalker é o pior da nova trilogia, dizem críticas
Não se iluda com essas manchetes sensacionalistas que estampam diversos portais de notícias e sites de jornais pela internet afora nesta quinta-feira, dia que chega o mais novo filme da franquia “Star Wars“.
“Star Wars: A Ascensão Skywalker” é uma carta aberta de amor dirigida por J.J. Abrams aos novos fãs da saga intergaláctica… e a grande maioria dos tais críticos de cinema que estão sendo citados nestas matérias não conseguem reconhecer toda a carga emocional que esse filme traz ou pouco se importam com isso, o grande ‘barato’ é apontar defeitos em todos os lugares possíveis e ponto final.
Com 53% de aprovação no site Rotten Tomatoes (site esse especializado em reunir críticas de profissionais e do público no geral) o filme é considerado o pior da nova trilogia. Vamos lá, alguém se importa com críticas especializadas ou é influenciado por elas a ponto de, por exemplo, não ir ao cinema assistir a um filme diante de uma crítica negativa de fulano ou sicrano?
Cansa um pouco essa total empatia de muitos chamados críticos de cinema para com o universo que o rodeia. Parecem viver em bolhas conservadas em tempos áureos do cinema ou, no caso de Star Wars, vivem presos em 1977 ao buscar no episódio 4 da saga (o primeiro filmado por George Lucas) as respostas para todos os outros.
A trilogia original, ou chamada também de trilogia clássica, que foi lançada entre os anos de 1977 e 1983 é perfeita, brilhante e nostálgica. Aí com mais recursos nas mãos, resolve-se lançar a trilogia prequela, mostrando o então jovem Anakin Skywalker e seus conflitos com o lado negro da força… ok, foram um desastre, principalmente com a terrível atuação do protagonista e centro de tudo, Hayden Christensen. Fora ressaltar que essa trilogia, lançada entre os anos de 1999 e 2005, deu-nos o pior dos personagens já criados na história do cinema: Jar Jar Binks.
Essa nova trilogia, a trilogia sequela, que se encerra com “Star Wars: A Ascensão Skywalker” e finaliza toda uma saga, pode conter defeitos e não agradar 100%, mas está em perfeita sintonia com a sua audiência atual. Essa nova geração de crianças e adolescentes que descobriram Star Wars não por conta de um Han Solo ou um Luke Skywalker; mas pelo poder de uma mulher: Rey!
Daisy Ridley dá vida a uma jornada inspiradora de uma ‘ninguém‘ a uma verdadeira guerreira, porém com limites, desejos e emoções. O que Hayden Christensen não conseguiu desempenhar como Anakin Skywalker, Daisy Ridley consegue mergulhar profundamente em seu personagem e trazer uma completa empatia com o público.
Não temos a carga épica de um vilão como teve Darth Vader, mas é notório o amadurecimento de Kylo Ren, personagem vivido pelo mais novo queridinho do cinema Adam Driver.
Essa nova trilogia também nos entrega Poe Dameron e Finn, interpretados por Oscar Isaac e John Boyega. Aprendemos a torcer por eles nas missões, mesmo com todo o egocentrismo de Poe, em contraste com o sentimentalismo abundante de Finn.
E neste filme, Poe e Finn ganham mais espaço para desenvolver melhor seus personagens, até mesmo para desenvolverem certos relacionamentos com outros novos personagens inseridos.
Lá em cima, tinha dito que “Star Wars: A Ascensão Skywalker” é uma carta aberta de amor dirigida por J.J. Abrams aos novos fãs da saga, mas também emociona quem já acompanha a franquia há um tempo.
Grandes e sutis referências ao longo das mais de duas horas de filme vão ser mais do que fan services, vão agregar para todo o clima de despedida que essa saga precisava ter.
Não há como negar que o filme exagera um pouco nas ‘reviravoltas’ e revelações que se dispõe a fazer durante a narrativa, o que torna muitos desses recursos apenas para segurar o público no emocional e agregar quase nada para a trama de forma geral; talvez esse seja um ponto de desagravo de “Star Wars: A Ascensão Skywalker“.
Fora esse detalhe… pequeno, na grandiosidade do filme… “Star Wars: A Ascensão Skywalker” consegue corrigir os problemas do seu antecessor (se é que realmente ocorreram problemas ali) o “Star Wars: Os Últimos Jedi” – podemos até dizer que J.J. Abrams ignora por completo o filme dirigido por Rian Johnson – e retorna as origens da franquia, salientando a simplicidade na trama com a busca pela aceitação, o poder da amizade e o básico confronto entre o bem e o mal que são tão presentes nos três primeiros filmes lançados nas décadas de 70 e 80.
Ah, e o que falar – sem dar spoilers – da presença de Carrie Fisher, falecida em 2016. Com recursos usados como truque nos ângulos da câmera ou de filmagens de outros filmes que não foram aproveitados, Carrie Fisher está presente como Leia Organa e possui um papel importante para toda a trama, além de um tributo emocionante que lhe foi dado.
Tudo da essência da franquia Star Wars está neste filme: os valores da amizade, a busca pela sua origem, a esperança e o conflito entre o bem e o mal… uma fórmula repetida já em outros filmes passados e qual o grande problema em se repetir mais uma vez para concluir uma saga? “Star Wars: A Ascensão Skywalker” traz mensagem de esperança e união pra uma nova geração que tanto necessita dela!
“Star Wars: A Ascensão Skywalker” triunfa em entregar uma conclusão adequada a uma história que conquistou gerações de fãs apaixonados.