“Solteira Quase Surtando” | Crítica
Estreia amanhã (12/03) nos cinemas o longa independente, roteirizado e protagonizado por Mina Nercessian, Solteira Quase Surtando.
O filme conta a história de Beatriz que vive constantes desilusões amorosas. Após descobrir que está entrando na menopausa precocemente, ela vai correr contra o tempo para encontra um futuro breve, pai do seu filho.
Começando pelos protagonistas, Bia é desenvolvida de forma tão ruim, hora ela está desesperada por um homem, o que não tem problema algum, mas acaba se contradizendo com o seu teor empoderado que ela tenta passar, não dando credibilidade alguma à construção do roteiro.
Na sequência temos Ravi (Leandro Lima), que sem nenhuma inovação interpreta um personagem gay piegas, sem nenhum atrativo narrativo, onde a história por trás dele é o fato da sua família não saber sobre sua orientação sexual, bem original, né?
Depois passamos para a melhor amiga Gabriela (Leticia Birkheuer), que quase é traída pelo marido, que constantemente deixa bem nítido o descontentamento com o relacionamento, e não valoriza o trabalho da esposa, que por sua vez acaba cedendo, de certa forma, aceitando que o problema dentro do matrimonio é ela e simplesmente, “vestindo” a fantasia de esposa troféu e saciadora de fantasia, pois a resposta estava no sexo.
Infelizmente é um festival de furos e cenas desnecessárias, cortes rápidos, deixando situações desconexas, e muito clichê do ruim, Sem contar a mixagem de som, HORRÍVEL, onde é evidente que o filme foi todo (ou pelo menos quase todo, pois após os primeiros atos acabamos nos acostumando) dublado pelos atores, por algum problema ocorrido com o áudio original (pois não é possível que a ideia original tenha sido essa). Sem contar nos problemas com a sincronia, e a artificialidade em recriar sons de interação com objetos.
A proposta do filme era interessante, até temos cenas engraçadas e é nítido o esforço, mas quando os defeitos são maiores que as qualidades, é complicado não se evidenciar os problemas.
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