SescTV traz seleção de curtas-metragens clássicos e contemporâneos para a programação do canal
Utilizar o humor não apenas como entretenimento e persão, mas como estratégia crítica e reflexiva do mundo contemporâneo. Essa é a proposta de Humor em Tempos de Cólera, que estreia no SescTV em 18 de abril e reúne filmes brasileiros, exibidos na 28ª edição do Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo, em 2017. Com curadoria de Zita Carvalhosa, diretora da Associação Cultural Kinoforum, responsável pelo festival, a programação reúne vinte produções premiadas, entre clássicos e contemporâneos, como Deus é Pai (1999), de Allan Sieber, Tapa na Pantera(2006), dirigida por Esmir Filho, Mariana Bastos e Rafael Gomes, Dossiê Rebordosa (2008), direção de Cesar Cabral, e Recife Frio (2009), dirigida por Kleber Mendonça Filho.
Na estreia, o SescTV apresenta os curtas-metragens A Velha a Fiar (Ficção, MG, 1964, 6 min.), com direção de Humberto Mauro, e Até a China(Animação, RJ, 2015, 14 min.), dirigido por Marcelo Marão. Os filmes vão ao ar no dia 18 de abril, quinta, a partir das 21h. Assista também em sesctv.org.br/avivo. (Após a exibição na TV, os curtas estarão disponíveis on demand, no site do canal.)
No clássico A Velha a Fiar, uma idosa, interpretada pelo ator Mateus Colaço, aparece na roça, a fiar, e logo é incomodada por uma mosca. A partir de então, uma série de acontecimentos se desencadeiam na história e as imagens tomam ritmo cada vez mais acelerado. Para as sequências das cenas, o diretor Humberto Mauro, um dos pioneiros do cinema brasileiro, fez uso de ilustrações, stop-motion e objetos de plástico, entre aranhas, ratos e moscas. Recursos inovadores para um filme gravado em preto e branco, no início dos anos de 1960. Críticos da época, consideraram A Velha a Fiar como um dos primeiros videoclipes do mundo.
Na sequência, a animação Até a China narra a história de um brasileiro de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, que vai à China levando apenas uma bagagem de mão. Ele descreve com preciosismo e muito humor suas aventuras vividas desde o check-in no aeroporto, até sua saída da China. Curiosidades como restaurantes que servem cabeças de peixe e enguias, trânsito caótico e pés de galinha embalados à vácuo, vendidos como souvenir, ilustram algumas diferenças culturais.
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