Rei Arthur: A Lenda da Espada | Crítica do Filme
A obra do diretor Guy Ritchie chega ao país assombrado pelo fracasso na bilheteria americana: foram arrecadados apenas 14,7 milhões de dólares em 3.702 locações. Com o valor de produção em 175 milhões de dólares, o filme da Warner traz uma versão mais moderna da lenda do Rei Arthur.
A trama conta a história de Arthur, protagonizado pelo ator Charlie Hunnam, que vive nas ruas de Londonium, sem saber que é filho do rei. Sua trajetória muda completamente ao entrar em contato com a Excalibur e a partir daí precisa tomar importantes decisões e aprender a dominar a espada para salvar o povo do rei tirano Vortigem (Jude Law). Diferentemente das demais versões da história, em A Lenda da Espada, o diretor e os roteiristas Joby Harold e Lionel Wigram deram à Rei Arthur, um tom de sarcasmo, humor, além do carisma evidente, aproximando o personagem da febre de super-heróis do cinema contemporâneo.
A principal frustação em relação ao rei é a sensação de que sempre precisa ser salvo pela “Maga”, interpretada por Astrid Berges-Frisbey, nas situações mais desafiadoras que enfrenta.
A obra tem uma narração acelerada, com vários flashbacks, que por vezes pode confundir o público. Por isso, o longa-metragem exige muita atenção, qualquer distração pode quebrar o rumo da história.
Recheado de ação, o filme apresenta muitos efeitos visuais, que remetem aos elementos dos jogos medievais, abusando do slow motion nas cenas de luta.
Seguindo o estilo de Guy Ritchie, a trilha sonora também é agitada.
A nova roupagem de Rei Arthur é envolvente e desperta a curiosidade do público do início ao fim, apesar de recontar a história já conhecida do herói medieval.
Vale a pena assistir!