Recorde no Oscar: 93 países enviam inscrições para categoria de Melhor Filme Estrangeiro

Recorde no Oscar: 93 países enviam inscrições para categoria de Melhor Filme Estrangeiro

Um total recorde de 93 países enviaram inscrições para serem consideradas as melhores indicações na categoria Melhor Filme Internacional no Oscar 2020. A Academia anunciou a lista completa de filmes e países elegíveis nesta segunda-feira, 07/10.

Gana, Nigéria e Uzbekisztan estão competindo pela primeira vez na categoria, que era anteriormente conhecida como a categoria de melhor filme em língua estrangeira.

No ano passado, um total de 87 filmes foram enviados. “Roma” de Alfonso Cuaron venceu a categoria neste ano, tornando-se o primeiro filme mexicano a ganhar o prêmio.

Antonio Banderas em “Dor e Glória” (Imagem: Divulgação)

Destaques na competição deste ano incluem “Parasita” da Coréia do Sul, a comédia de humor negro de Bong Joon Ho, que venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes; “Dor e Glória” da Espanha, de Pedro Almodovar, com Antonio Banderas e Penélope Cruz; “Weathering With You” do Japão, a primeira indicação animada do país desde “Princesa Mononoke“; “Atlantics” do Senegal, do diretor Mati Diop, vencedor do Grand Prix do Festival Cannes; “Les Miserables” da França; “O Menino que Descobriu o Vento” do Reino Unido, de Chiwetel Ejiofor; e “Out Stealing Horses” da Noruega, estrelado por Stellan Skarsgard.

Cena do filme “Papicha” (Imagem: Divulgação)

Também notável entre os quase 100 títulos é “Papicha“, a indicação oficial da Argélia. O filme é do país de maioria muçulmana e fala de um grupo rebelde de jovens que tentam encenar um desfile de moda que rejeita o hijab. O filme, dirigido por Mounia Meddour, foi proibido de exibir no país, um movimento que muitos relataram ser um ato de supressão política em nome do governo.

As regras da Academia dizem que qualquer envio para a categoria deve ser exibido por pelo menos sete dias em seu país de origem. A inclusão de “Papicha” na lista desta segunda-feira (07/10) significa que a Academia concedeu ao filme uma exceção e permitirá que ele concorra.

Mounia Meddour recebeu as boas notícias momentos depois de deixar a estréia francesa de “Papicha“, que também foi exibida na programação deste ano da mostra “Un Certain Regard” no Festival de Cannes.

Acabamos de sair, minhas atrizes e eu, da nossa estreia parisiense de ‘Papicha’ e estamos extremamente felizes e gratos ao comitê do Oscar por aceitar nossa candidatura apesar do cancelamento da estréia na Argélia e, portanto, incentivar o cinema mundial, mulheres diretoras e liberdade de criação”, disse o diretor.

Cena do filme “A Vida Invisível” (Imagem: Divulgação)

Em 27 de agosto, “A vida invisível” foi escolhido para representar o Brasil na disputa. Dirigido pelo cearense Karim Aïnouz, o filme narra a trajetória de duas irmãs cariocas nos anos 1950, protagonizado por Fernanda Montenegro e Carol Duarte.

O filme tem estreia prevista para 31 de outubro no Brasil e foi o vencedor da mostra “Un Certain Regard” no Festival de Cannes.

Rodrigo Santoro em cena do filme “O Tradutor” (Imagem: Divulgação)

Já Cuba escolheu o filme “O Tradutor“, dos diretores Rodrigo Barriuso e Sebastián Barriuso, que conta com o brasileiro Rodrigo Santoro no elenco.

A lista final de 10 filmes será anunciada em 16 de dezembro. As indicações para o 92º Oscar serão anunciadas em 13 de janeiro. O Oscar será apresentado em 9 de fevereiro.

Os envios de 2019, listados em ordem alfabética por país, são:

Albânia, “Delegacioni”, Bujar Alimani, diretor;
Argélia, “Papicha“, Mounia Meddour, diretora;
Argentina, “La odisea de los giles”, Sebastián Borensztein, diretor;
Armênia, “Lengthy Night”, Edgar Baghdasaryan, diretor;
Austrália, “Buoyancy“, Rodd Rathjen, diretor;
Áustria, “Joy”, Sudabeh Mortezai, diretor;
Bangladesh, “Alpha”, Nasiruddin Yousuff, diretor;
Bielorrússia, “Debut“, Anastasiya Miroshnichenko, diretor;
Bélgica, “Nuestras madres”, César Díaz, diretor;
Bolívia, “Tu me manques”, Rodrigo Bellott, diretor;
Bósnia e Herzegovina, “Sin“, Ines Tanovic, diretor;
Brasil, “A Vida Invisível“, Karim Aïnouz, diretor;
Bulgária, “Ága”, Milko Lazarov, diretor;
Camboja, “In the Life of Music“, Caylee So, Sok Visal, diretores;
Canadá, “Antigone“, Sophie Deraspe, diretora;
Chile, “Araña”, Andrés Wood, diretor;
China, “Ne Zha zhi mo tong jiang shi“, Yu Yang, diretor;
Colômbia, “Monos“, Alejandro Landes, diretor;
Costa Rica, “El despertar de las hormigas”, Antonella Sudasassi Furniss, diretora;
Croácia, “Mali”, Antonio Nuic, diretor;
Cuba, “O Tradutor”, Rodrigo Barriuso, Sebastián Barriuso, diretores;
República Tcheca, “The Painted Bird”, Václav Marhoul, diretor;
Dinamarca, “Dronningen“, May el-Toukhy, diretor;
República Dominicana, “El proyeccionista”, José María Cabral, diretor;
Equador, “La mala noche”, Gabriela Calvache, diretora;
Egito, “Poisonous Roses“, Ahmed Fawzi Saleh, diretor;
Estônia, “Tõde ja õigus“, Tanel Toom, diretor;
Etiópia, “Running against the Wind”, Jan Philipp Weyl, diretor;
Finlândia, “Hölmö nuori sydän”, Selma Vilhunen, diretora;
França, “Les Misérables“, Ladj Ly, diretor;
Geórgia, “Shindisi“, Dimitri Tsintsadze, diretor;
Alemanha, “Systemsprenger”, Nora Fingscheidt, diretora;
Gana, “Azali“, Kwabena Gyansah, diretor;
Grécia, “When Tomatoes Met Wagner”, Marianna Economou, diretora;
Honduras, “Café con Sabor a mi Tierra”, Carlos Membreño, diretor;
Hong Kong, “So duk 2: Tin dei duei kuet”, Herman Yau, diretor;
Hungria, “Akik maradtak”, Barnabás Tóth, diretor;
Islândia, “Hvítur, Hvítur Dagur”, Hlynur Pálmason, diretor;
Índia, “Gully Boy”, Zoya Akhtar, diretora;
Indonésia, “Kucumbu tubuh indahku”, Garin Nugroho, diretor;
Irã, “Finding Farideh”, Azadeh Moussavi, Kourosh Ataee, diretores;
Irlanda, “Gaza“, Garry Keane, Andrew McConnell, diretores;
Israel, “Incitement“, Yaron Zilberman, diretor;
Itália, “Il traditore“, Marco Bellocchio, diretor;
Japão, “Tenki no ko”, Makoto Shinkai, diretor;
Cazaquistão, “Kazakh Khanate – Golden Throne”, Rustem Abdrashov, diretor;
Quênia, “Subira“, Ravneet Singh (Sippy) Chadha, diretor;
Kosovo, “Zana“, Antoneta Kastrati, diretora;
Quirguistão, “Aurora“, Bekzat Pirmatov, diretor;
Letônia, “Tevs nakts“, Davis Simanis, diretor;
Líbano, “1982“, Oualid Mouaness, diretor;
Lituânia, “Laiko tiltai“, Audrius Stonys, Kristine Briede, diretores;
Luxemburgo, “Tel Aviv on Fire”, Sameh Zoabi, diretor;
Malásia, “M for Malaysia”, Dian Lee, Ineza Roussille, diretores;
México, “La camarista“, Lila Avilés, diretora;
Mongólia, “Хийморь“, Erdenebileg Ganbold, diretor;
Montenegro, “Izmedju dana i noci”, Andro Martinović, diretor;
Marrocos, “Adam”, Maryam Touzani, diretora;
Nepal, “Bulbul“, Binod Paudel, diretor;
Holanda, “Instinct”, Halina Reijn, diretora;
Nigéria, “Lionheart”, Genevieve Nnaji, diretora;
Macedônia do Norte, “Honeyland”, Ljubo Stefanov, Tamara Kotevska, diretores;
Noruega, “Ut og stjæle hester”, Hans Petter Moland, diretor;
Paquistão, “Laal Kabootar“, Kamal Khan, diretor;
Palestina, “It Must Be Heaven”, Elia Suleiman, diretora;
Panamá, “Todos Cambiamos”, Arturo Montenegro, diretor;
Peru, “Retablo“, Alvaro Delgado Aparicio, diretor;
Filipinas, “Verdict”, Raymund Ribay Gutierrez, diretor;
Polônia, “Corpus Christi“, Jan Komasa, diretor;
Portugal, “A Herdade”, Tiago Guedes, diretor;
Romênia, “La Gomera“, Corneliu Porumboiu, diretor;
Rússia, “Dylda“, Kantemir Balagov, diretor;
Arábia Saudita, “The Perfect Candidate”, Haifaa Al Mansour, diretor;
Senegal, “Atlantique“, Mati Diop, diretor;
Sérvia, “Kralj Petar I”, Petar Ristovski, diretor;
Cingapura, “Huan tu”, Yeo Siew Hua, diretor;
Eslováquia, “Let There Be Light”, Marko Skop, diretor;
Eslovênia, “Zgodovina ljubezni”, Sonja Prosenc, diretora;
África do Sul, “Knuckle City“, Jahmil X.T. Qubeka, diretor;
Coréia do Sul, “Parasite“, Bong Joon Ho, diretor;
Espanha, “Dolor y gloria“, Pedro Almodóvar, diretor;
Suécia, “I morgen danser vi“, Levan Akin, diretor;
Suíça, “Wolkenbruchs wunderliche Reise in die Arme einer Schickse”, Michael Steiner, diretor;
Taiwan, “Shei xian ai shang ta de”, Mag Hsu, Chih-Yen Hsu, diretores;
Tailândia, “Krasue: Inhuman Kiss”, Sitisiri Mongkolsiri, diretor;
Tunísia, “Weldi”, Mohamed Ben Attia, diretor;
Turquia, “Baglilik Asli “, Semih Kaplanoglu, diretor;
Ucrânia, “Evge”, Nariman Aliev, diretor;
Reino Unido, “The Boy Who Harnessed the Wind”, Chiwetel Ejiofor, diretor;
Uruguai, “Así habló el cambista”, Federico Veiroj, diretor;
Uzbequistão, “Issiq Non“, Umid Khamdamov, diretor;
Venezuela, “Yo Imposible”, Patricia Ortega, diretora;
Vietnã, “Hai Phuong“, Le Van Kiet, diretor.