“Projeto Gemini” | Crítica

“Projeto Gemini” | Crítica

Eis que o avanço prometido na tecnologia 3D num filme de fato aconteceu, mas será que essa imersão deveras é válida dentro do que o roteiro se propôs a transmitir? 

Estreou essa semana “Projeto Gemini”, o tão aguardado filme do diretor Ang Lee (“As Aventuras de Pi“), protagonizado pelo astro Will Smith

Acompanhamos Henry Brogan (Will Smith), um assassino de elite que após optar por sua aposentadoria começa a ser perseguido por uma versão 20 anos mais jovem que ele, assim conhecendo seus movimentos e estratégias, tornando a situação ainda mais complicada, dando sentido literal a sentença de que em algumas situações nosso maior inimigo somos nós mesmos. 

Will Smith e Mary Elizabeth (Imagem: Divulgação/Paramount Pictures)

Começando pela introdução do telespectador a esse novo formato grandioso digital cujo o longa é pioneiro, o 3D+ alavanca a experiencia de forma técnica e imersiva de modo inevitavelmente perceptível, dando bem mais profundidade as cenas, de acordo com o próprio diretor, “oferecendo a visão do cineasta a quem assiste”. 

Apesar de toda a tecnologia envolvida, é um tanto estranho assistir a produção e associa-la á Ang Lee, de forma alguma contestando seu bom gosto para super produções, a ficção não trouxe “pitacos” perceptíveis de seus trabalhos, muito menos a carga emocional que ele sempre busca “carimbar”. 

Will Smith em cena de ação (Imagem: Divulgação/Paramount Pictures)

Will Smith faz um ótimo trabalho e encarna a proposta de se interpretar mais novo minuciosamente muito bem, traz seu carisma para ambos personagens apesar de terem perfis distintos, é mais do que certo que sua influência e bom trabalho levará grande público aos cinemas. 

Agora vamos aos “contras”, por mais extraordinário e magnânimo que seja a produção envolvida, o filme não traz nada de novo em seu roteiro além de um plot twist em seu terceiro ato que para quem se esforçar um pouco não é nem tão surpreendente assim.

Nada impediria de algum outro ótimo diretor fizesse algo parecido e que escalasse um ator tão bom quanto Will para algo com os mesmos moldes, o filme não apresenta uma identidade 100% original em sua história, e isso acaba impactando quem assisti em busca de um pacote completo. 

Mary Elizabeth Winstead e Will Smith (Imagem: Divulgação/Paramount Pictures)

Mas ainda assim, quer ter uma experiencia totalmente nova, onde se vislumbra de maneira intensa e profunda algo totalmente novo em matéria de encarar um filme, um enredo bom, com um ator excelente cumprindo com excelência seu papel, enfim assistir de maneira despretensiosa a muita ação, não pense duas vezes, ASSISTA!