Primeira mulher negra a receber o Prêmio Nobel de Literatura é homenageada pela Turma da Mônica
No dia 5 de agosto, o mundo teve que se despedir de uma das maiores escritoras de todos os tempos. Em homenagem a Toni Morrison, a Mauricio de Sousa Produções (MSP), decidiu contar a história da dona de muitas obras intensas e comoventes, e que expressou a vivência de mulheres negras norte-americanas ao longo de sua vida.
Seus romances sempre abordaram mulheres negras com personalidades fortes, histórias de vida marcantes, semelhantes à sua. Sua popularidade se deu por conta de seu dom ao traduzir as experiências das protagonistas negras em um país que se encontrava economicamente abalado. Em 1993, Morrison foi consagrada como uma das melhores escritoras norte-americanas dos últimos tempos, recebendo o Prêmio Nobel da Literatura. Ao todo, publicou 11 romances durante sua jornada.
Toni Morrison nasceu em 1931, na casa de uma família de classe média baixa, em Ohio. A segunda de quatro filhos do casal Ramah e George Wofford. Foi registrada com o nome de Chloe Ardelia Wofford e ao se converter ao catolicismo, aos 12 anos, recebeu o nome de batismo “Anthony”, o que resultou em apelido tão conhecido, Toni.
Ao tornar-se editora, foi na Random House, uma das principais editoras de língua inglesa do mundo, que conseguiu fortalecer e tornar a literatura negra popular nos Estados Unidos com publicações de autores como Angela Davis e Henry Dumas.
Começou a dedicar-se à ficção na Universidade de Howard, na época em que fazia parte de um grupo de poetas e escritores. Apresentou um conto sobre uma garota negra que sonhava ter olhos azuis, que serviu de base para o seu primeiro romance completo e um dos mais famosos, O Olho Mais Azul, publicado em 1970. Mesmo tendo que desenvolver o seu processo criativo durante a madrugada, o que considerava o seu momento próprio, o livro foi escrito enquanto Morrison dava aulas na universidade e criava os dois filhos pequenos.
Entretanto, críticos literários identificam no trabalho de Toni características do “feminismo pós-moderno”, fazendo referência à maneira como ela reescreve histórias contadas pelos livros. Porém, particularmente, Morrison chegou a afirmar que não considerava as suas obras de um teor feminista, dizendo que era apenas uma questão de acesso igualitário entre homens e mulheres, do poder em abrir portas para todos os tipos de coisa.
O Donas da Rua foi criado em março de 2016 e tem o apoio da ONU Mulheres. Nesta parceria, a MSP tornou-se signatária dos Princípios de Empoderamento da ONU Mulheres. Uma de suas áreas, o Donas da Rua da Ciência, tem como objetivo resgatar a trajetória de pesquisadoras e cientistas que marcaram a humanidade com suas ações. O projeto pode ser conferido no site: http://turmadamonica.uol.com.