“Obsessão” | Crítica

“Obsessão” | Crítica

O cineasta Neil Jordan é responsável por ótimos filmes de terror por exemplo: “A Companhia dos Lobos” e “Entrevista com o Vampiro“. O diretor está de volta com “Obsessão“, filme que chega aos cinemas nesta quinta-feira (13/06) e reúne Chloë Grace Moretz, Maika Monroe e a sempre impecável Isabelle Huppert.

O filme resgata um sub-gênero muito comum nos anos 80 e 90 sobre pessoas carentes que iniciavam amizades com estranhos e, em pouco tempo, descobriam que estavam lidando com psicopatas.

(Imagem: Divulgação)

Chloë Grace Moretz interpreta Frances, uma jovem garota que se mudou de Boston para Nova York e divide um apartamento estiloso com sua amiga rica Erika. Humilde como ela só, Frances decide devolver uma bolsa que encontrou no metrô e acaba fazendo amizade com sua dona, Greta (Isabelle Huppert), uma professora de piano que perdeu o marido. E é obvio que Greta tem as intenções mais sombrias possíveis. E a estadia de nossa protagonista em Nova York será muito complicada.

A amizade das duas evolui bem rápido,a desconfiança e a obsessão também. Quando menos se espera, Frances já está se escondendo pelos cantos enquanto Greta aciona o modo de insanidade. Bombardear o celular da vítima com mensagens de texto substitui as ligações telefônicas ininterruptas que os vilões costumam.

(Imagem: Divulgação)

Isabelle Huppert interpreta uma vilã afetada que não vê problemas em armar confusões em restaurantes, jogar chicletes em cabelos alheios ou ousar de medidas mais extremas para alcançar seus objetivos, já que a protagonista não se cansa de tomar decisões idiotas e parece ser desprovida de senso de auto-preservação.

(Imagem: Divulgação)

Já a personagem de Maika Monroe serve para simbolizar os pensamentos do público, alertando sua colega de apartamento sobre os perigos de ultrapassar os limites da falsa amizade.

Na verdade, tanto a direção de Neil Jordan quanto o roteiro de Ray Wright querem mais é brincar com clichês do gênero.

(Imagem: Divulgação)

No último ato do filme ganhamos uma reviravolta violenta, com discretos esguichos de sangue. Como estamos falando de um filme de Neil Jordan, com certeza se esperava muito mais.

Obsessão” é o tipo de filme que pode divertir, se você conseguir não levá-lo muito ao pé da letra.