“O Predador” (2018)
“O Predador” é sessão da tarde violenta na veia, que alia humor e uma grande nostalgia em relação ao filme de 1987, até com a trilha original “Main Title” de Alan Silvestri.
Shane Black (“O Homem de Ferro 3” e “Máquina Mortífera”) dirige o longa deixando a sua assinatura clara para quem conhece o seu trabalho. “O Predador” será um filme controverso como foi “O Homem de Ferro 3“, ame ou odeie. Assim como fez com o personagem da Marvel em seu filme, passeando por várias categorias, em “O Predador” Blake destaca a comédia e a ação, trazendo sua originalidade e atualizando uma franquia que estava descendo morro abaixo, tamanha ruindade dos filmes anteriores.
“O Predador” é uma produção recheada de cenas de ação insanas, com um predador imenso, assustador e sanguinário. Além disso, esqueça os milhares de predadores que apareceram em outros filmes, assim como no longa de 1987, tudo gira em torno de dois predadores e um deles será o grande foco.
O elenco principal trabalha tão bem juntos que facilmente seriam protagonistas de um “Esquadrão Classe A”, por exemplo. Boyd Holbrook é o Schwarzenneger da nova geração e incorpora bem o papel principal de liderança, mas diferente do filme original precisa montar uma equipe, que está mais para malucos em série do que para militares armados até os dentes para caçar um predador. E esse alívio cômico funciona tão bem que mesmo com o monstro longe por vários minutos da tela no filme, a diversão é garantida com o humor apurado dos atores Trevante Rhodes e Thomas Jane.
Jacob Tremblay mesmo não sendo o grande protagonista tem papel decisivo nos rumos da história, portanto preste bastante atenção nesse personagem.
Um incômodo aparente é em relação a luz, o filme é muito escuro em algumas cenas e fica impossível se atentar aos detalhes do cenário exposto.
“O Predador” não é mais uma bomba da franquia como os filmes anteriores e é um respiro de dias melhores. Ainda enxergo o filme de 87 como o melhor Predador, mas reconheço que o longa de 2018 é uma ressurreição de uma franquia que ninguém estava nem aí mais.