Nos Cinemas: “O Tradutor” traz Rodrigo Santoro em uma história inspiradora
Ambientada na cuba do final da década de 80, o “O Tradutor” conta história de um Professor universitário de literatura Russa, que tem sua grade de aulas alteradas por parte da universidade para auxiliar vítimas da catástrofe de Chernobyl.
Tentando conciliar a dura realidade que vem assistido e vivendo, junto a rotina dentro de casa com sua esposa e filho, ele tem que juntar toda força possível pra superar o que vem acontecendo, e criar meios de “escape” para a triste realidade dentro do hospital.
Com uma “carga” de drama pesada, o filme narra uma época complicada num pais que até hoje tem suas crises, combinada ao maior desastre nuclear do mundo como plano de fundo, e como se não fosse o bastante temos crianças como antagonistas.
Baseado numa história real, e dirigido pelos filhos do personagem protagonista (Spoiler Alert de leve), Rodrigo e Sebastián Barriuso, o filme traz uma emersão esplêndida aos acontecimentos da época, pode parecer forçado ter um ator brasileiro, interpretando um cubano que é tradutor de Russo, mas trata-se de Rodrigo Santoro e é nítido a entrega que ele apresenta, oscilando suas emoções com o que seu personagem vive de forma tocante.
O filme traz uma combinação de assuntos que são muito importantes de se assimilar, desde a situação política na Europa em em 89, que lidava com o início do processo de dissolução da União Soviética, a permissão de travessia e destruição de parte da construção do muro de Berlim, e principalmente a depressão econômica em Cuba, que culminou na escassez de recursos que envolviam gasolina, diesel e outros derivados do petróleo, tornando tudo ainda mais complicado na área da agricultura, industrial e da saúde. E vemos todos esses problemas sendo inclusos no decorrer do filme de forma simples, mas que afeta diretamente a rotina dos personagens.
Enfim, além de trazer fatos históricos, o filme “conversa” sobre importe presença familiar dentro de casa, sobre mudanças, e acima de tudo, da capacidade humana em se entregar, se doar a uma “causa”, ser receptivo e ceder de seu tempo, e atenção a quem realmente precisa.
Um filme emocionante, muito bem dirigido que com certeza vale o ingresso.