No 2º dia de Flip acontecem debates sobre violência da mulher e solidão

No 2º dia de Flip acontecem debates sobre violência da mulher e solidão

Um debate que deve abordar violência contra a mulher e feminismo negro; um escritor brasileiro consagrado falando sobre temas como solidão e morte; e uma conversa sobrereligião, magia, luxúria e leitura na época medieval são os principais destaques desta quinta-feira (26), segundo dia da 16ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).

Da Mesa “Amada vida”, marcada para as 17h30, participam a brasileira Djamila Ribeiro e argentina Selva Almada.

Djamila é autora do livro “O que é lugar de fala?” (Letramento), que saiu no ano passado, e acaba de lançar “Quem tem medo do feminismo negro?” (Companhia das Letras). Já Selva Almada escreveu sobre histórias reais de feminicídio.

Djamila Ribeiro, que participa da Flip 2018 nesta quinta-feira (Foto: Divulgação)
Djamila Ribeiro, que participa da Flip 2018 nesta quinta-feira (Foto: Divulgação)

O debate que fecha o dia, às 20h, chama-se “Animal agonizante”. Junta o veterano Sérgio Sant’anna, considerado um dos maiores autores brasileiros, e o antropólogo e diplomata Gustavo Pacheco, que acaba de estrear na literatura com um livro de contos publicado primeiro em Portugal.

A programação destaca “o desejo, a solidão e a morte” como temas centras na obra de Sant’anna que devem ser abordados no encontro.

Mais cedo, às 15h30, a mesa “Encontro com livros notáveis”, que traz uma apresentação solo do britânico Christopher de Hamel, tido como o maior especialista do mundo em manuscritos medievais.

Partindo do “Evangelho de Santo Agostinho”, do “Livro de Kells” e de “Carmina Burana”, De Hamel tratará de religião, magia e luxúria na Idade Média.

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A cineasta Gabriela Greeb participa da Flip nesta edição (Zanone Fraissat/Folhapress)

As outras mesas da quinta

A programação de quinta da Flip 2018 começa às 10h com a mesa “Performance sonora”, dedicada à homenageada desta edição, Hilda Hilst (1930-2004). Vão participar a cineasta Gabriela Greeb e o diretor de som Vasco Pimentel.

Gabriela Greeb assina o longa-metragem “Hilda Hilst pede contato”, que acaba de ser concluído. De acordo com o material de divulgação, a obra mistura documentário, ficção e literatura.

Já Vasco Pimentel e trabalhou com os diretores Wim Wenders, Manoel de Oliveira, Raul Ruiz e Daniela Thomas (em “Vazante”).

No palco, vão falar sobre “a voz, a escuta e as divagações literárias e existenciais de Hilda Hilst registradas em fitas magnéticas na década de 1970”.

Já a mesa seguinte, ao meio-dia, “Barco com Asas”, junta as poetas brasileiras Júlia de Carvalho Hansen e Laura Erber. Também participa, em vídeo, a portuguesa Maria Teresa Horta.

A ideia é que falem sobre pontos em comum entre suas obras e a produção literária de Hilda Hilst.

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Christopher de Hamel participa desta edição da Flip (Divulgação)

Veja a programação restante da Flip 2018:

Quinta-feira (26 de julho)

  • 10h – Mesa 2 (Perfomance Sonora), com Gabriela Greeb e Vasco Pimentel – A voz, a escuta e as divagações literárias e existenciais de Hilda Hilst registradas em fitas magnéticas na década de 1970 são apresentadas pela cineasta brasileira e pelo sound designer português.
  • 12h – Mesa 3 (Barco com Asas), com Júlia de Carvalho Hansen, Laura Erber e Maria Teresa Horta (em vídeo) – Esse diálogo inusitado reúne, por vídeo, um grande nome da poesia de Portugal do último meio século e, em Paraty, duas poetas brasileiras influenciadas pela lírica portuguesa que têm pontos em comum com Hilda Hilst.
  • 15h30 – Mesa 4 (Encontro com livros notáveis), com Christopher de Hamel – A religião, a magia, a luxúria e a leitura na época medieval se apresentam nas páginas do “Evangelho de Santo Agostinho”, do “Livro de Kells” e de “Carmina Burana”, comentadas pelo maior especialista do mundo nesses manuscritos.
  • 17h30 – Mesa 5 (Amada vida), com Djamila Ribeiro e Selva Almada – Uma ficcionista argentina que escreveu sobre histórias reais de feminicídio e uma feminista negra à frente de uma coleção de livros conversam sobre como fazer da literatura um modo de resistir à violência.
  • 20h – Mesa 6 (Animal Agonizante), com Gustavo Pacheco e Sérgio Sant’anna – Um grande mestre da literatura brasileira que abordou o desejo, a solidão e a morte relembra sua trajetória ao lado de um leitor seu e autor estreante elogiado pela crítica portuguesa com histórias de humanos e outros primatas.

Fonte: Portal G1