“Nimic” | Crítica
O diretor Yorgos Lanthimos, que foi recentemente indicado ao Oscar com o seu filme “A favorita”, voltou ao circuito da telonas, mas com uma proposta bem diferente. O novo projeto do incrível cineasta é “Nimic“, um curta-metragem de aproximadamente 12 minutos que foi lançado no Locarno Film Festival e também exibido na abertura da 43º Mostra de Cinema de São Paulo.
Para um diretor super consagrado e por muitas vezes indicado para premiações importantes, é muito curioso ver o mesmo investir suas fichas em um projeto de pequeno porte como esse.
A obra possui uma história bem complexa, assim como todas as outras obras do diretor. O curta mostra a jornada de um violoncelista profissional (Matt Dillon) que depois de um encontro no metrô vê sua vida tomar rumos que ele não esperaria nunca acontecer.
A obra tem como objetivo questionar a identidade, percepção, relacionamentos e circularidade humana. Quem já assistiu os filmes de Yorgos Lanthimos, rapidamente reconhece suas obras apenas pelo trailer.
O diretor possui características específicas e únicas e que são só dele, como suas trilhas sonoras e seus planos fechados que causam incômodo ao telespectador.
Foi muito interessante apreciar como o diretor trabalha e expõe toda sua complexidade em tão pouco tempo ,o resultado foi muito recompensador.
“Nimic” é uma obra muito especial e com muitos significados. Portanto não esperem um curta de doze minutos onde você conseguirá assistir e terá o sentimento: “Ah, bacana”. Ele gera alguns questionamentos e com certeza justifica o fato de ter sido um dos curtas mais esperados na 43ª Mostra Internacional de Cinema.