“Morto Não Fala” | Crítica
Baseado em contos de Terror do jornalista Marco de Castro, estreou nos cinemas essa semana “Morto Não Fala”, produção dirigida por Dennilson Ramalho.
Contando a história de Stênio (Daniel de Oliveira), que trabalha num necrotério e possui uma habilidade paranormal de se comunicar com os mortos. Nas madrugadas, ele costuma ouvir muito relatos, porém em uma determinada noite, um dos defuntos compartilha algo que o implica, desencadeando assim uma “maldição” que envolvera sua família de forma assustadora.
O mercado cinematográfico nacional de terror ainda é um pouco escasso, apesar de ter uma ou outra obra que se tornem populares, são raros os diretores que se arriscam em encarar um gênero tão prestigiado, de maneira que fique original sem cair nos clichês hollywoodianos.
Em “Morto não fala” há uma união nos subgêneros dos tradicionais thrillers que estranhamente funcionam e acabam dando ao resultado final algo realmente aceitável.
Temos a vibe psicológica, que adentra boa parte dos primeiros atos, ao questionar se trata-se de um dom ou a sanidade mental do protagonista junto ao que ele vivencia em sua rotina; o gore, afinal trata-se de um ambiente totalmente característico e obvio para se explorar o corpo humano e suas entranhas (se é que vocês me entendem), e o sobrenatural, que é onde se concentra boa parte da trama, que nos entrega os sustos e os clichês Jump Scares.
Pecando um pouco na caretice da trilha sonora, que é tão batida e piegas que em determinadas cenas chega a parecer repetitiva, não cumprindo a função de encaixe com o momento.
O longa se encerra de maneira bem “ok”, sem grandes surpresas ou novidades, no entanto, descobrimos na coletiva de imprensa, que foi proposital. Há planos para uma série de TV para contar mais sobre essa história e possivelmente expandi-la.
Evite comparar com produções internacionais, e aceite toda a brasilidade que o filme tem a oferecer, e borá dar uma chance a um terror nacional.