“Mentes Sombrias”
Nova aposta da Fox, “Mentes Sombrias” chega nesta semana nos cinemas e é uma adaptação do romance diatópico homônimo da autora Alexandra Bracken, lançado em 2012. Com direção de Jennifer Yuh Nelson (Kung Fu Panda 2, 3) e possui um elenco bem conhecido formado por Amandla Stenberg (Tudo e Todas as Coisas), Skylan Brooks (The Get Down), Harris Dickinson (Trust), Gwendoline Christie (Game Of Thrones) e Mandy Moore (This Is Us).
Após um hiato nas franquias de ficção infanto-juvenil de sucesso protagonizado por mulheres, o longa é uma ótima opção para aqueles fãs órfãos de uma narrativa de fantasia.
O filme se passa num futuro apocalíptico onde uma pandemia se alastra e mata grande parte das crianças no mundo, e as que não morreram começam a adquirir super poderes. Como forma de controle o governo captura as sobreviventes e os envia há num campo de concentração, onde lá são obrigadas a trabalhar em prol dos soldados/seguranças.
É nessa situação que conhecemos Ruby, uma das sobreviventes cujo consegue escapar do isolamento e conhece um grupo de jovens com um intuito em comum, achar um lugar em que possam viver em paz com suas diferenças, porém essa missão não será tão fácil assim de se alcançar.
Reciclando alguns artifícios de roteiro já utilizados em outros filmes do gênero, Mentes Sombrias não atingiu a originalidade em sua criação, como já citado em algumas mídias “é um X–Men em Jogos Vorazes”, o que pode ser bom por ser comparado com duas franquias de sucesso, e ruim ao mesmo tempo, por criar grandes expectativas.
Senti falta de um pouco mais de profundidade ou uma melhor adaptação (ainda não li ao livro, não tenho como opinar sobre a fidelidade ao apresentado), deixaram muitas informações “rasas”, determinadas motivações explicadas de forma solta, que acaba incomodando com o passar do filme. Dadas as circunstancias de uma possível continuação, para um primeiro filme faltou responder algumas questões meio que importantes para a uma evolução na sequência.
Outro ponto a se destacar é a protagonista, fiquei imensamente feliz pela representatividade negra no filme, é um grande salto positivo na escolha da atriz Amandla Stenberg, que apesar de uma personagem com pouco carisma, tem grandes ambições e uma provável evolução caso ocorra um “2”.
O filme possui suas qualidades, é intenso, com boas cenas de ação, uma conformidade interessante por parte do elenco, e uma mensagem importante a se compartilhar, sobre as diferenças, e a percepção de que isso é apenas um detalhe quando o propósito de vida se assemelha. Tem grande potencial em se tornar o novo “queridinho” entre os jovens, porém aguardo um amadurecimento de ideias numa provável continuidade.