L.O.C.A. – Liga das Obsessivas Compulsivas por Amor | Crítica

L.O.C.A. – Liga das Obsessivas Compulsivas por Amor | Crítica

Assistimos com exclusividade ao filme “L.O.C.A. – Liga das Obsessivas Compulsivas por Amor”, que tem sua estreia marcada para o dia 15 de agosto, domingo, no streaming do Telecine e no Telecine Premium, às 22h, e contamos agora o que achamos.  

E não foi dessa vez que tivemos uma história original para agregar ao cinema nacional no quesito comédia. O longa carrega mais defeitos que qualidades, e falha até em cativar o espectador com a história da protagonista. 

O roteiro segue até que de maneira bacana, fazendo rir em alguns momentos (Debora Lamm salva o filme na questão humor), mas acaba distorcendo a mensagem que quer ser passada. São 3 mulheres com toda razão sobre suas frustrações envolvendo seus relacionamentos fracassados de alguma maneira, mas que são “pintadas” como loucas por optarem a resolver seus problemas de modo um tanto duvidoso (e até exagerado), as fazendo questionar suas sanidades. Usando como artifícios, olhares fixos para causar efeito de desequilíbrio, ações descontroladas, “DRs” com teor mais histérico, são diversos os estereótipos que só aumentam ainda mais o drama que envolve a imagem feminina. 

Optando por utilizar cores quentes na ambientação, que fica evidente que foram propositais para causar a impressão de uma fotografia bem pensada, porém é tão artificial o esforço que acaba parecendo um catálogo “instagramavel”, bonito de se ver, mas pretensioso e um tanto forçado. 

Já os figurinos elaborados de modo clássico, acompanha e estiliza a personalidade de cada uma de forma coesa, apesar de quase sempre optar em combinar de alguma forma com alguma referência dentro do cenário, e em diferentes momentos diferenciar as protagonistas cada uma com uma cor distinta no estilo as panteras, dando um efeito piegas, mas visualmente interessante. 

Com um elenco realmente bom, que facilmente nos faria rir numa história melhor desenvolvida, uma reflexão mesmo que tímida sobre o feminismo, mas que se perde em tentar parecer divertido demais, extrapolando nos exageros, quando podia ousar numa pegada do humor inteligente. Infelizmente apenas mais uma comédia nacional ok, e esquecível.