“Kursk – A Última Missão” | Crítica do Filme
Sabe aquele filme do submarino? Qual era o nome mesmo? O nome dele é “Kursk: A Última Missão“. Os fãs desse tipo de filme irão colocar essa obra, dirigida por Thomas Vinterberg em uma lista vasta de filmes similares, como a “Caçada ao Outubro Vermelho” (1990); “Maré Vermelha” (1995); e “K-19: The Widowmaker” (2002) ou até mesmo “U-571: A Batalha do Atlântico” (2000).
Esse longa francês inova apenas por trazer Colin Firth falando outro idioma.
O filme vai agradar muito aqueles que gostam do cinema de ação, com embasamento histórico. O roteiro é de Robert Rodat, responsável por obras como “O Resgate do Soldado Ryan” (1998), “O Patriota” (2000) e “Thor: Mundo Sombrio” (2012).
O mesmo adaptou o livro de Robert Moore sobre a tragédia envolvendo o submarino russo Kursk em agosto de 2000. Um caso que envolveu negligência do governo, tentativa de omissão de informações e uma alta negativa de ajuda internacional. Infelizmente nenhum desses fatos foram materializados no longa.
Os únicos momentos mais políticos da trama envolvem apenas o prólogo, onde claramente os tripulantes do submarino estão insatisfeitos com as condições laborais e a remuneração ali recebida. O que já era pouco promissor se transforma em uma obra comum, de qualidade técnica questionável em alguns instantes e uma bela trilha sonora. a produção se destaca pela ótima escolha de filmar submarinos reais, ignorando a possibilidade de construção de cenários.
Algumas coisas incomodam muito no filme, por exemplo, a tentativa de criar algo parecido com o estilo de Christopher Nolan e James Gray.
A reconstituição cinematográfica e as imagens do fundo do mar, até prendem a atenção, só que o cárcere humilhante daquelas pessoas não se mantém quando a atmosfera claustrofóbica e angustiante ganha mais espaço e se transformam em desespero a là Titanic.
As cenas de decisões a serem tomadas ali pelas vítimas são mal exploradas. Por fim, “Kursk: A Última Missão” é uma provocação sentimental forçada, com uma narrativa nada convincente.
Limitado em suas representações, não consegue ser mais que um visual imponente e desnecessário.
Ao final, é uma obra que será, sem dúvida, absorvida pelos nossos olhos, mas que provavelmente cairá na pasta de spam das nossas memórias.