Jogador Nº1
“Jogador Nº 1” é diferente de tudo que você já viu. É um filme revolucionário em seu conceito e efeitos visuais, estes comparáveis ao filme “Avatar” – de James Cameron. O filme marca também a volta do diretor Steven Spielberg e quando digo sua volta, quero dizer o mesmo tipo de vigor que possuía nas décadas de 1970, 1990 e principalmente na de 1980 quando se consolidou como um dos maiores nomes da indústria.
Este roteiro talvez seja a obra literária que as pessoas estejam mais ansiosas para ver no cinema. Imagine uma realidade virtual onde você pode ser quem quiser, explorar diversos mundos e os videogames mais alucinantes como se fosse parte deles?
O ano é 2045, a região é Columbus, Ohio. Nessa localidade encontramos Wade Watts (Tye Sheridan), jovem que se vê preso a um mundo distópico onde em vez de resolver os problemas, as pessoas apenas sobrevivem a eles.
Morando sob o mesmo teto de sua tia Alice (Susan Lynch), constantemente vítima de seus detestáveis companheiros perdedores, o garoto encontra a fuga e a solução desse ambiente ruinoso na realidade virtual do jogo OASIS.
A morte de James Halliday (Mark Rylance), designer responsável pela criação do game, desencadeia numa busca infindável por easter eggs que ele espalha no sistema virtual, que levam a três chaves que darão acesso à ganhos incalculáveis. Contudo, para desvendá-los, Watts contará com a ajuda de seu amigo Aech (Lena Waithe) e de Artemis (Olivia Cooke).
Num filme em que os limites da realidade esbarram na própria imaginação, sua trilha sonora composta por clássicos dos anos 80 se integram com naturalidade à narrativa, que parecem originais, feitas sob encomenda para o filme.
Temos também referencias o cinema, onde quem ocupa o maior dos lugares é o diretor Stanley Kubrick, ao ter alguns de seus cenários durante o filme.
Alusões ao “Clube dos Cinco” e “Curtindo a Vida Adoidado“, de John Hughes, complementam diálogos, bem como uma rápida menção a Robert Zemeckis da trilogia “De Volta Para o Futuro“.
O longa tem um pouco de tudo para agradar a todos pois se apropria do cerne da ficção científica. Traçando avanços e caminhos para onde iremos em breve de forma nostálgica e moderna ao mesmo tempo.