Jexi – Um Celular sem Filtro | Crítica
E se um dia o sistema de inteligência artificial do seu celular simplesmente se revoltasse, sim a Siri ou a Alexa, e se elas realmente desejassem sabotar a sua vida, já parou para analisar o quanto de informação pessoal seu celular carrega? Assustador né?
Essa é a base do filme “Jexi – Um Celular sem Filtro”, da Diamond Films, que estreia nos cinemas hoje (05/03).
Acompanhamos Phil (Adam DeVine) um cara sem amigos, relacionamento e com uma vida social praticamente inexistente, que após adquirir um novo celular, cria um laço inusitado com o sistema operacional. Tornando-se amigos, conforme mudanças vão acontecendo em sua vida e a dependência do aparelho vai diminuído, o pesadelo em sua vida vai se iniciando.
Tudo bem com uma sinopse dessas é quase que imediato o pensamento “Lá vem bomba”, “clichezão”, “mais um besteirol”, e não vou negar que o longa realmente carrega alguns desses conceitos, mas acredite, é incrivelmente divertido.
Dos mesmos roteiristas de “Se Beber não case”, é bem notável a semelhança na forma como o filme vai se desenvolvendo, os momentos “pastelão” e a “pitadas” de inteligência nas piadas, são surpreendentemente boas, o ritmo é rápido, simples e contagiante.
Adam DeVine como muitos atores de comédia, carrega aquele estigma de “ou você ama ou odeia” pelo seu tom de humor parecido em seus papeis, em “Jexi” acredito que tenha se sobressaído muito bem, dando o exagero e o “nosense” necessário em cada cena.
Por fim, o filme provoca uma constante reflexão sobre a importância e a necessidade que é dada ao celular nos dias de hoje, e por mais absurdo que possa parecer, não surpreende a fácil identificação do público com algumas das situações do protagonista.