“Zumbilândia – Atire Duas Vezes” | Crítica
Quando uma é comédia é lançada, ninguém espera que ela tenha uma sequência, mas existem suas exceções. Quando o sucesso inesperado de uma obra de comédia acontece, nada mais justo do que já pensar em uma sequência, mesmo que demore muito tempo para acontecer.
Nas sequências de filmes de comédia, a sensação que sobra é a liberdade em poder realizar trocadilhos, piadas e muitas críticas. Mas o que fazer com um filme onde seu original já é estupidamente escrachado em suas piadas?
“Zumbilândia: Atire Duas Vezes” chega para provar que não existem limites para uma boa comédia e que pode ser ainda melhor do que o primeiro, mesmo após 10 anos de lançamento da primeira obra.
O filme retrata fatos de cinco anos após os eventos do primeiro filme, e centraliza na jornada da família disfuncional formada por Columbus (Jesse Eisenberg), Tallahassee (Woody Harrelson), Wichita (Emma Stone) e Little Rock (Abigail Breslin) passando por momentos comuns no meio do apocalipse zumbi. Após um excesso de brigas, as meninas fogem e novas ameaças surgem neste mundo dominado por zumbis.
O filme segue os mesmo arcos narrativos do primeiro, só que com novos personagens introduzidos. “Zumbilândia” evoluiu e os cinco anos não apenas passaram para os sobreviventes, como também para os zumbis e é nesse caso que o filme nos mostra sua importância.
O filme consegue expandir seu universo ao mesmo tempo que traz referências como artifícios cômicos.
O grande destaque do filme, é a adição de Zoey Deutch no elenco. Interpretando Madison, uma personagem que flutua entre a burrice e a inocência. Não existe nenhum momento em que ela apareça ou que ela diga um simples “Oi” em sua pose, que a mesma não irá arrancar gargalhadas. Mesmo que pareça bem diferentes aos personagens principais, Madison acaba sendo a personagem que você precisava ter junto a eles e não sabia.
O roteiro ainda permite referências a diversos filmes icônicos, desde o lançamento do primeiro filme em 2009, e antes até: “Os Simpsons“, “O Exterminador do Futuro“ e “The Walking Dead“, sua narrativa consegue propor uma excelente diversão e extrapola o que já havia extrapolado no primeiro.
“Zumbilândia: Atire Duas Vezes” era o filmaço que estávamos esperando tanto quanto a sequência de “Os Incríveis“, e que consegue ser ainda mais divertido e saber bem trabalhar referências e piadas sociais.
O filme continua tão incrível quanto o primeiro. O diretor Ruben Fleischer soube fazer piadas sem ser ofensivo. Resumindo temos aqui um filme que conseguiu ser melhor que o primeiro, com um quarteto que evoluiu ao longo de uma década com uma história engraçada, irônica e violenta.