“Vai Que Cola 2 – O Começo” | Crítica
Quatro anos após o lançamento do primeiro filme, chega nessa semana aos cinemas (12/09), “Vai Que Cola 2 – O Começo”.
Trazendo boa parte de seu elenco anterior, deixando de fora apenas seu protagonista Valdomiro (Paulo Gustavo), e o Wilson (Fernando Caruso), em compensação nos apresentando o famoso “Finado Tiziu”.
Como o próprio título antecipa, conhecemos a histórias dos personagens mais queridos do Meyer e como eles se reunirão na pensão da Dona Jô (Catarina Abdalla). Descobrindo a origem dos famosos bordões proferidos pelos personagens nesses últimos seis anos de série, entendemos os vínculos e o surgimento da amizade que os uni.
Após o grande sucesso do primeiro filme, o diretor César Rodrigues está no comando novamente dessa sequência e dessa vez com uma responsabilidade ainda maior. Contar a introdução de personagens tão familiarizados pelo público após muitos anos de sua sua “criação” é um trabalho complicado, pois muita história já foi contada e cair numa contradição sobre o que já foi apresentado é fácil de se acontecer. Mesmo sendo um filme de comédia sabemos que existem muitos “xeroque rolmes” nessa internet, caçando os erros de continuidade.
O filme traz a mesma “alma” da série de TV, acredito que mais até do que o primeiro. Como se passa em locais já muito citado pelos personagens, a identificação e familiaridade aos ambientes se tornam interessantes, como o Morro do Cerol ou a boate onde acontecem os shows da quinta Gay, que no longa puderam ser materializados.
Sobre o roteiro, acredito que não tenha tanta ousadia em se expandir no teor da comédia, o humor “pastelão” da série permanece o mesmo, sem novidades ou ambição em partir em algum momento para algo mais inteligente. E sobre os momentos mais “emotivos”, deixou também a desejar, houve alguma situação que poderiam ter sido mais explorada para esse lado, saindo do cômico só “pra variar um pouquinho”, mas foram desperdiçadas, tornando assim as cenas em questão mais curtas ou sem aproveitamento, dando um resultado OK.
Desde o trailer sabia que não teria participações dos personagens mais recentes, como por exemplo Éricsson (Rafael Infante), Gabi do Lins (Leticia Lima) ou a Eloísa (Tata Werneck), mas pelo menos alguma referência ou easter egg em relação a eles, seria no mínimo divertido e criativo, já que são tão carismáticos.
O longa é divertido, engraçado e tem ótimas tiradinhas, entretanto, ele funciona para quem já conhece e sabe do que se trata e o que esperar de seus personagens. Não diria que é para qualquer um, pois o humor é simples beirando ao tosco, então quem espera um humor mais ácido ou inteligente, melhor repensar sua escolha, pois sairá com sentimento de tempo perdido.
… há tem cena pós-créditos!