Já vimos! “Suspíria – A Dança do Medo”, terror com Dakota Johnson e Tilda Swinton, chega nesta semana em abril

Já vimos! “Suspíria – A Dança do Medo”, terror com Dakota Johnson e Tilda Swinton, chega nesta semana em abril

Antes de falarmos de “Suspíria – A Dança do Medo“, é necessário ressaltar o motivo de tanto estrondo por parte de críticos em torno da produção.

O roteiro original, lançado na década de 70, foi concebido pelo mestre italiano Dario Argento, que conseguiu fazer uma das obras mais aplaudidas do gênero. Não apenas pela história, mas principalmente pela forma como a mesma foi retratada visualmente.

Ao narrar a trama de um grupo de bruxas que se esconde por trás das paredes de uma tradicional escola de dança, o diretor utilizou de forma esplendida uma iluminação surrealista e cenários com cores saturadas para dar forma a sua história.

O resultado salta aos olhos não apenas pela questão do roteiro, que é muito bem construído, mas principalmente pela forma como que o mesmo foi transformado em imagens.

Seus tons fortes de vermelho, por meio da iluminação nada realista conseguiu criar medo e apavoramento diante dos acontecimentos.

Cena de “Suspiria” de 1977 (Divulgação)

Um remake de Suspiria não seria uma tarefa fácil. Existiram três possíveis cenários para a produção do remake. A primeira possibilidade seria copiar a obra de Argento usando o estilo “ctrl c + ctrl v”, que provavelmente seria um desastre.

O segundo caminho seria partir para uma história totalmente diferente, o que também não seria uma decisão inteligente.

A terceira opção e mais sensata seria manter a base da história e seguir com a inclusão de novos elementos.

O enredo do filme continua o mesmo. Uma jovem bailarina norte-americana (Dakota Johnson) chega para estudar em uma conceituada escola de dança. Uma vez na escola, coisas estranhas vão acontecendo e envolvendo principalmente as administradoras do local que se revelam como bruxas.

O novo filme, que teve a direção de Luca Guadagnino, segue um caminho de forma independente ao pegar a premissa do original e acrescentar diversos novos elementos. O resultado foi perfeito!

A nova obra teve a audácia e maestria de mexer na iluminação e direção de arte da obra original. As cores no novo Suspiria são opacas, abusam na utilização de marrom, cinza, bege e cores frias em paredes, prédios e figurinos. Já para suas cores fortes, o destaque fica apenas para o vermelho e mesmo assim em poucos momentos.

Temos bastante chuva e neve na Berlim do filme, e o ano de retratação ainda é a década de 70.

O diretor foi muito feliz com a sua câmera, que se move no intuito de causar estranhamento, quase como uma homenagem ao cinema de horror da década de 70. Suas sequências são de encher os olhos, as cenas de morte e sonhos estão incríveis!

Um ponto forte que fizeram todos holofotes virarem em direção ao novo Suspiria foi a atriz Tilda Swinton como a professora Blanc. Uma mulher forte e séria de olhar distante, o que a torna realmente assustadora. Impressionante como qualquer filme cresce quando Tilda aparece.

Dakota Johnson é gritante a caracterização de sua personagem. Ou seja somos presenteados a uma mulher comovente e linear.

O filme empolga, há medo, há música e satisfaz muito. A obra trata-se de um filme refinado.

Sua refilmagem ficou ótima justamente por não insistir em ser uma cópia da obra clássica.

Este Suspiria com toda certeza vai entrar para a seleta galeria de obras clássicas do cinema.

Ele vale a pena ser conferido pois não envergonha o original. Na verdade, trata-se de uma produção bem acima da média e que deve ser vista tenha você assistido ou não o filme de Argento.

O filme entra em cartaz nos cinemas no dia 11 de abril.