“Predadores Assassinos” | Crítica
“Predadores Assassinos” (“Crawl“), dirigido pelo cineasta Alexandre Aja, chega nesta quinta-feira (26/09) nos cinemas.
Alexandre Aja surgiu entre os anos de 1999 e 2003. Seus primeiros filmes, “Fúria” (1999) e “Alta Tensão” (2003), imediatamente o colocaram no patamar de a mais nova promessa do horror, e seu “Alta Tensão” passou a figurar na galeria do New French Extremity, movimento do cinema francês iniciado na década de noventa, conhecido por mostrar sem dó a violência da qual o ser-humano é capaz.
O diretor também passou a integrar o “Splat Pack“, nome pelo qual ficou conhecido o grupo de jovens cineastas que dirigiram, escreveram e produziram obras primas do horror, reconhecidos por sua violência.
Em 2008, a pegada do diretor perdeu consideravelmente o impacto após lançar “Espelhos do Medo“, filme que apesar de ser um bom exemplar do gênero, ficou longe de ser significativo. Seus filmes seguintes, “Piranha 3D” (2010), “Amaldiçoado” (2013), e “A Nona Vida de Louis Drax” (2016), também não empolgaram os fãs, e o nome do diretor passou de promessa do cinema a apenas mais um. Mas Alexandre Aja continua um profissional extremamente ousado.
No caso de “Predadores Assassinos“, o diretor abordou outro tipo de predador aquático (e terrestre): os crocodilos da Flórida. Quando um enorme furacão chega a uma cidade costeira da Flórida, Haley (Kaya Scodelario), não obedece as ordens de evacuação para procurar por seu pai desaparecido (Barry Pepper). Ela o encontra ferido nos fundos da casa da família, bem no instante em que as águas de uma violenta inundação atingem o local.
Com o tempo terminando para que ambos consigam escapar da tempestade, Haley e seu pai descobrem que o aumento do nível da água é a menor dos problemas, uma vez que um grupo de crocodilos os cercam na propriedade quase toda alagada.
Temos aqui um filme que vende bem o horror sem se levar muito a sério. Ao mesmo tempo, o filme não exagera.
“Predadores Assassinos” é mais pé no chão, o que torna as situações de perigo do filme mais reais.
Ligeiramente tenso, o filme funciona como uma sessão da tarde valorizada pelo diretor. Entretanto, “Predadores Assassinos” passa longe de ser o filme que colocaria o diretor de volta no posto de mestre do horror.