Já vimos! “Hellboy” é fraco, porém possui méritos que irão agradar aos fãs dos quadrinhos | Confira a Crítica
Inspirado nos quadrinhos de Mike Mignola, “Hellboy” é um reboot da franquia cinematográfica criada por Guillermo Del Toro, responsável pelo filme homônimo de 2004 e “Hellboy II: O Exército Dourado“, lançado em 2008. No entanto, quando os planos em torno de um possível Hellboy 3 havia sido esquecido, o estúdio decidiu levar a série a uma nova direção, escalando um novo ator para o papel do personagem-título na figura do grandalhão carismático David Harbour, que assumiu o posto antes ocupado pelo incrível Ron Perlman.
Desde que as primeiras notícias se tornaram concretas em torno do remake, tinha-se certeza de que o novo filme seria mais fiel aos quadrinhos, utilizando de um roteiro à cargo de Andrew Cosby, e dirigido pelo mestre do gênero Nei lMarshall.
O novo Hellboy embora não seja um mal filme, seu roteiro sofre de alguns problemas de ritmo devido à escolha do diretor de seguir tão de perto os quadrinhos. Apesar de seu ótimo protagonista, Hellboy surpreende, mas se arrasta entre suas sequências de ação e fantasia.
O plot deste Hellboy mantem seu nível cinematográfico mais básico. O filme mostra o herói se aproximando à alguns aliados do Departamento de Defesa e Pesquisa Paranormal – B.P.R.D. – com o intuito de impedir que a mortal bruxa Nimue (Milla Jovovich), a Rainha de Sangue, acabe com toda a humanidade.
O filme opera como uma história original para seu herói titular, oferecendo insights sobre de onde ele veio e porque seu pai adotivo, Trevor Bruttenholm (Ian McShane), escolheu criá-lo como um filho.
A obra também oferece outras histórias de outros membros do B.P.R.D., como Alice Monaghan (Sasha Lane), e Ben Daimio (Daniel Dae Kim). Suas excessivas narrativas levam o filme a diferentes direções, combatendo gigantes, fadas, e até o Bicho-Papão. Resumindo, Hellboy joga de forma honesta aos nossos olhos, mas falha em amarrar tudo de maneira competente e cativante.
A falta de ritmo de Hellboy pode ser resultado de se querer caminhar perto demais dos quadrinhos, já que o filme fica pra lá e pra cá tendo apenas a Rainha de Sangue como conexão. O excesso de tempo gasto com histórias paralelas e missões deste Hellboy acabam não sendo desenvolvidos como deveriam.
O roteiro mostra demais o conflito interno do herói, que não sabe se em sua essência ele é uma boa ou má pessoa. O filme tem todos os elementos de uma envolvente história, mas tudo é desperdiçado para dar lugar aos excessos da narrativa; onde ele acaba se saindo melhor é nas fantásticas sequências de ação, que apresentam um apreciável espetáculo visual, nos animando nas cenas de luta, a natureza absurda de algumas sequências de ação deste “Hellboy” são divertidas o suficiente para que o espectador embarque na brincadeira. E são graças a estas cenas que o filme faz valer a pena a nossa curiosidade.
“Hellboy” tem todo o potencial de uma aventura épica de super-herói e um forte elenco que valoriza o produto final. O resultado é um filme que pode até ser fiel ao seu material-fonte, mas que luta para manter o espectador envolvido em suas duas horas de projeção.
Resumindo, o novo “Hellboy” vale a sessão para os fãs dos quadrinhos originais ou aqueles interessados em ver uma abordagem completamente diferente do que estamos acostumados a ver em filmes de HQ.
Em uma época repleta de filmes de super-heróis, entre eles o colossal “Vingadores: Ultimato“, ‘Hellboy” infelizmente é o mais fraco de todos, tampouco é um mal filme como dizem os acéfalos espalhados pela internet que não tem opinião própria e acreditam em tudo.
O filme tem seus méritos e o espetáculo de fantasia tem bastante impacto visual.
“Hellboy” estreia nos cinemas brasileiros no dia 16 de maio.
https://www.youtube.com/watch?v=TPr98CRFlBA
Melhor crítica que li até agora
Dia 16 tô lá no cine firme e forte pra ver esse filme
Obrigado pelo elogio 😉