Já vimos! Filme de fantasia russo,”Abigail e a Cidade Proibida” chega aos cinemas nesta semana
Para quem produz cinema é inevitável não buscar o que está sendo novidade no gênero de fantasia por países que costumam estar fora do circuito tradicional, mas não foi dessa vez que achamos o baú do tesouro em “Abigail e a Cidade Proibida“, filme russo que chega nesta quinta-feira (12/09) nos cinemas brasileiros.
A cenografia funciona, os figurino e locações facilmente nos transportam para uma cidade dos anos 30 que vive sob um sistema totalitário, mas não demora muito até encontrarmos o primeiro erro: a sua trilha sonora equivocada.
A música é desnecessária e alta e por várias vezes muito mais dramática do que o necessário. Atrapalha ao chamar atenção demais para si, talvez numa tentativa de preencher o vazio do roteiro proporcionado por personagens mal desenvolvidos e diálogos mal escritos. Roteiro esse escrito por Aleksandr Boguslavskiy, que também dirige o filme, e Dmitriy Zhigalov.
Os personagens da obra na maioria das vezes não possuem carisma e, pelo menos, 4 deles são desnecessários, desperdiçando um tempo precioso que poderia ter sido melhor aproveitado para se criar alguma química entre os personagens.
A única união que funciona de verdade é mostrada através de flashbacks, entre a Abigail criança e seu pai, a melhor coisa do filme só que sua frequência excessiva botou tudo a perder.
O filme é arrastado e confuso, a história leva tempo pra convencer e existem momentos em que você se questiona ‘quando que o filme vai acabar?‘, pois são quase 2 horas de duração de algo que parece um livro que sofreu grandes falhas de adaptação.
“Abigail e a Cidade Proibida“, do cineasta Aleksandr Boguslavskiy, é um filme sobre jovens com poderes mágicos lutando contra jovens com poderes mágicos. Tentando nos convencer com efeitos visuais que algumas vezes funcionam, mas em outras aparentam pertencer à década passada.
Resumindo! O filme não é ruim, porém não esperem nada de excepcional.