Já vimos! Com Gal Gadot, “Amor em Jogo” chega nesta semana nos cinemas
Não se deixem enganar em ver Gal Gadot no elenco deste filme ou mesmo usar como argumento o seu carisma, talento e/ou prestigio em interpretar papeis marcantes no cinema, pois até Halle Berry tem em seu currículo “Mulher-Gato“, eis que “Amor em Jogo” bem provável será aquela vergonha alheia que ela levará para a vida.
A produção Israelense chega aos cinemas neste dia 31 de outubro e além de Gal Gadot, o elenco conta com o ator Oshri Cohen. O filme foi gravado em 2014, porém chega aos cinemas brasileiros apenas neste ano.
No longa, numa fatídica noite após vencer um jogo, Ami Shushan (Oshri Cohen), jogador profissional de um dos maiores times de um cidade conservadora de Jerusalém, vai comemorar a vitória numa casa noturna, onde ocasionalmente dá em cima de Mirit (Gal Gadot), namorada de um grande chefe da máfia. Como modo de “punição”, ele é obrigado a se assumir homossexual, assim causando um grande alvoroço entre os torcedores e colegas de equipe, por outro lado ganhando notoriedade na comunidade LGBTQ+.
Nitidamente é uma daquelas obras de humor pastelão, bem do ruim que procura ter uma moral no final, para justificar “indiretamente” o roteiro problemático, com piadas ruins e malconduzidas.
Se a que estão fosse apenas a falta de timming, seria até que aceitável, entretanto basta ler a sinopse, e principalmente assistindo ao longa vemos facilmente toda a problematização que é necessária de se abordar dentro do filme.
Começando com a participação da estrela Gal Gadot , que interpreta uma “esposa troféu” sem atitude, que aceita sem ponderar a sua submissão no qual é inclusa dentro do roteiro, depois tempos o modo como é tratado a homossexualidade, apesar de não ser o principal tema, a todo momento esperamos uma “retratação”, ou uma lição de moral por parte do protagonista de forma enfática o que não ocorre.
Entendo que se trata de um filme de comédia, mas a atual situação do cinema vem evitando tratar assuntos como esse de forma pejorativa, então meio que “nos acostumamos e esperamos que o certo aconteça”.
Não sou um expectador ativo do gênero na região em que foi produzido o filme, então não posso analisar sobre outras obras com os mesmos parâmetros, e entendo o conservadorismo pelo fato de ser uma produção israelense, mas tratando-se de futebol e a comunidade gay, há tanto a se explorar, no entanto acaba tornando frustrada a experiência.